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Vítimas de defeito em carros da GM podem pedir indenização

Defeito no sistema de ignição afetou vários modelos de veículos da americana General Motors


	Fábrica da General Motors: vítimas de defeito em carros da GM já podem pedir indenizações
 (Bill Pugliano/Getty Images/AFP)

Fábrica da General Motors: vítimas de defeito em carros da GM já podem pedir indenizações (Bill Pugliano/Getty Images/AFP)

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Da Redação

Publicado em 1 de agosto de 2014 às 17h02.

Washington - Os parentes de vítimas fatais ou que ficaram feridas em acidentes causados por causa do defeito no sistema de ignição de vários modelos de veículos da americana General Motors (GM) já podem apresentar os pedidos de indenização à empresa, anunciou nesta sexta-feira o advogado a cargo do plano, Kenneth Feinberg.

O Serviço de Resolução de Solicitações de Compensação do Sistema de Ignição da GM 'está ativo e funcionando e começará a aceitar solicitações para a avaliação e indenização de solicitações por morte ou lesões físicas'.

O serviço está disponível no site http://www.gmignitioncompensation.com, em inglês, espanhol e francês.

As solicitações apresentadas serão avaliadas para determinar se cumprem os requisitos de seleção de acordo com as diretrizes estabelecidas por Feinberg.

Caso seja aprovada, o valor da indenização será definido entre 90 e 180 dias.

As solicitações devem ser enviadas pela internet, pelo correio ou por serviço de mensagem até 31 de dezembro de 2014.

E assinalou que 'este programa foi pensado para proporcionar uma rápida compensação às pessoas com capacidade legal para serem escolhidas como vítimas do defeito do sistema de ignição em alguns veículos da GM'.

'Trabalharemos de forma próxima de todos os solicitantes e seus advogados para avaliar os pedidos individuais e conseguir determinar a seleção e o valor o mais rápido possível', acrescentou Feinberg.

Feinberg é um antigo procurador-geral dos Estados Unidos que foi responsável pelos programas de compensação de vítimas dos atentados de 11 de setembro de 2001 e da Maratona de Boston em 2013, entre outros casos.

A General Motors encarregou Feinberg de liderar o programa de compensação das vítimas de um defeito de ignição que funciona de forma totalmente independente da companhia automobilística.

Em 30 de junho, Feinberg anunciou que o programa não tem limite econômico e que o pagamento mínimo em caso de morte será de US$ 1 milhão.

A GM admitiu até o momento que o defeito causou mais de 50 acidentes na América do Norte e pelo menos 13 mortes. Mas a organizações de consumidores e o próprio governo americano consideram que o número é muito mais alto.

Na quarta-feira, o advogado Robert Hilliard entrou com uma ação em Nova York em nome de 658 pessoas (29 mortos e 629 feridos), vítimas de acidentes que teriam sido causados pelo defeito e assinalou que quer acrescentar outros 248 nomes ao processo.

E nesta quinta-feira outro advogado apresentou uma nova ação contra a GM em nome de 156 pessoas pela mesma razão.

Os problemas para a GM começaram em fevereiro quando a empresa anunciou que 2,6 milhões de veículos produzidos na última década têm um defeito no sistema de ignição que faz com que o motor se apague de forma inesperada e involuntária, causando o desligamento do sistema de airbag.

A GM reservou US$ 1,5 bilhão em custos pelos recalls só nos seis primeiros meses do ano.

Apesar de toda a publicidade negativa, as vendas de automóveis da GM nos Estados Unidos não sentiram esse efeito. A empresa informou hoje que em julho as vendas aumentaram 9%, o melhor índice para o mês desde 2007. EFE

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