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Vídeo permite aulas de tênis com replays das jogadas

Sistema grava imagens por meio de cinco câmeras estrategicamente posicionadas e depois as divide para análise instantânea

Tênis: PlaySight foi desenvolvido por ex-engenheiros da Força Aérea Israelense (Paul Crock/AFP)
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Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2014 às 23h19.

Os jogadores profissionais de tênis que competem em torneios Grand Slam podem recorrer ao sistema de câmeras Hawk-Eye (Olho de Águia, em tradução livre) para rever instantaneamente até quatro lances controvertidos por set.

Agora, um sistema ainda mais avançado da startup israelense PlaySight Interactive está ajudando os tenistas amadores - e pode transformar o ensino do tênis como conhecemos hoje.

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Desenvolvido por ex-engenheiros da Força Aérea Israelense e aprovado por Novak Djokovic e Billie Jean King, o PlaySight grava imagens por meio de cinco câmeras estrategicamente posicionadas e depois as divide para análise instantânea, reportará a Bloomberg Pursuits em sua edição do último trimestre de 2014.

“Há muitas semelhanças entre pilotos e jogadores de tênis”, diz o CEO da PlaySight, Chen Shachar, que em maio levantou US$ 3,5 milhões de um grupo de investidores que incluía Bill Ackman, CEO da Pershing Square Capital Management, e Mark Ein, CEO da Venturehouse Group.

"Em ambas as atividades, os indivíduos operam sem instrução por longos períodos de tempo sob pressão física e mental”.

Assim como um simulador de voo, o PlaySight usa um software de autoetiquetagem para monitorar toda “decisão baseada em eventos” - ou a raquetada, no tênis. Você quer rever todos os backhands down the line (golpe na paralela, rente à linha)? Tudo bem.

O software reconhece todos os lances desse tipo, os identifica e os disponibiliza para que sejam revistos em um quiosque ao lado da quadra, onde você pode aplicar zoom, assistir em câmera lenta ou alternar entre os ângulos de câmera.

E como o PlaySight sobe e armazena esse vídeo automaticamente na nuvem, você pode rever seus feitos em um smartphone, tablet ou PC em seu tempo livre.

Aulas com vídeo

Qual é a utilidade de toda essa filmagem para o jogador amador médio?

“Eu parei de falar durante as aulas”, diz Gilad Bloom, treinador e ex-jogador do Top 100 da Associação de Tenistas Profissionais que recentemente instalou o sistema no The Club of Riverdale, no Bronx, Nova York, uma das 50 ou mais instalações em que o PlaySight está conectado até agora.

“Eu deixo eles devolverem algumas bolas e depois nós vamos ver na tela. Eles dizem, ‘eu não estou dobrando os joelhos’. Eu digo a eles, ‘eu sei, faz três anos que eu te falo isso!’”.

Janet Balakian, sócia-fundadora da Third Coast Capital de Tenafly, Nova Jersey, começou a jogar tênis no Bogota Racquet Club, perto da empresa, no ano passado. Quando seu clube instalou o PlaySight, ela notou a diferença imediatamente.

“Outro dia meu instrutor me disse que eu estava movendo a cabeça da raquete”, diz ela. “Eu corrigi isso depois de ver no monitor e no resto do dia eu fiz um backhand mais bonito”.

Shachar estima que sua empresa instalará 100 sistemas nos EUA neste ano, por cerca de US$ 10.000 cada; a expansão internacional começará para valer no ano que vem.

Stefan Edberg, ex-número 1 do mundo, foi um dos primeiros a comprar o sistema para seu instituto de tênis sueco, o Ready Play. O estádio Roland Garros (casa do Aberto da França) e o ilustre Queen’s Club, em Londres, também fizeram pedidos.

O PlaySight também é o único serviço que monitora a velocidade de cada tiro, sua altura sobre a rede e sua profundidade. Uma atualização do software, programada para o fim deste ano, permitirá que o sistema monitore os giros da bola por minuto.

Em tese, isso significa que os jogadores poderão comparar diferentes raquetes e até seus padrões de encordoamento para ver como elas afetam o giro.

É óbvio que o fato de os jogadores terem acesso às informações fornecidas pelo PlaySight não significa que eles, de uma hora para outra, realizarão saques a 193 quilômetros por hora no canto da área de serviço.

“Mas quando você vê onde a bola aterrissa”, diz Bloom, “você pode trabalhar suas fraquezas e tentar melhorar suas porcentagens. Um dos aspectos mais chatos da prática se torna divertido”.

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