A euforia causada pelo lançamento do iPhone, no final de junho, deu lugar à decepção dos investidores e analistas de mercado. O desempenho de vendas do primeiro fim de semana do aparelho foi bastante fraco, se comparado à expectativa do mercado. De acordo com o balanço trimestral da AT&T, operadora americana de telefonia que se associou à Apple na empreitada, foram ativados 146.000 iPhones nos dois últimos dias do segundo trimestre. Embora o dado não alcance o dia 1º de julho, um domingo que também compôs o fim de semana de lançamento, o número está muito aquém das projeções iniciais dos analistas, que oscilavam de 500.000 a 700.000 aparelhos vendidos nesses três primeiros dias.

A reação do mercado foi imediata e os papéis da Apple caíam 3,08% por volta das 12h05 (horário de Brasília) na bolsa americana Nasdaq. De acordo com o americano The Wall Street Journal, o desempenho não prejudica apenas a Apple, mas também a AT&T, a maior operadora americana de telefonia. O número geral de celulares ativados pela companhia no segundo trimestre foi 2,8% menor que o do mesmo período de 2006, e totalizou 1,5 milhão de linhas.

Segundo os analistas, um bom desempenho de vendas do iPhone, no segundo semestre, é importante para que a operadora contenha essa queda. Em comunicado à imprensa, a AT&T afirmou que, em julho, as vendas do iPhone "continuam fortes, com o movimento das lojas acima dos níveis históricos".

No segundo trimestre, a AT&T apresentou lucro líquido de 2,9 bilhões de dólares, um incremento de 61% sobre os 1,8 bilhão do mesmo período do ano passado. Já o faturamento saltou 87%, para 29,5 bilhões de dólares. De acordo com Todd Rosenbluth, analista da Standard & Poor';s, os resultados da AT&T são "encorajadores", já que o iPhone teve uma contribuição muito pequena para eles. Nesta quarta-feira (25/7),a Apple deve anunciar seus números do segundo trimestre.