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Usuários acusam o Twitter de racismo ao priorizar fotos de pessoas brancas

Usuários fizeram montagens com pessoas negras e brancas e o algoritmo da rede social acabou priorizando a imagem dos brancos

Logotipo do Twitter: montagens com pessoas negras e brancas revelaram uma problema no algoritmo do Twitter (Kacper Pempel/Reuters)

Logotipo do Twitter: montagens com pessoas negras e brancas revelaram uma problema no algoritmo do Twitter (Kacper Pempel/Reuters)

FS

Filipe Serrano

Publicado em 20 de setembro de 2020 às 11h45.

Última atualização em 21 de setembro de 2020 às 13h13.

Um experimento no Twitter com fotos de pessoas brancas e negras tem chamado a atenção de usuários da rede social neste fim de semana.

No sábado (19), um usuário publicou duas montagens diferentes, ambas com fotografias do senador americano Mitch McConnell e do ex-presidente Barack Obama.

Na primeira montagem, a foto do senador branco está em cima, e a de Obama, embaixo. Na segunda montagem, a posição das imagens foi invertida.

Para surpresa dos usuários, no entanto, o algoritmo do Twitter priorizou nas duas ocasiões a foto do senador Mitch McConnell (que tem a pele branca) e exibiu a imagem dele como destaque na visualização padrão do tuíte.

Em outras montagens feitas pelo usuário, o sistema também continuou priorizando a foto do senador branco, o que gerou indignação na rede social e acusações de racismo do algoritmo do Twitter.

Após a publicação, um usuário brasileiro fez experimentos parecidos e o resultado foi o mesmo. A fotografia de pessoas brancas continuou sendo priorizada.

https://twitter.com/itsfabiojunior/status/1307488711584690176

Na tarde deste domingo, o chefe de design da empresa, Dantley Davis, respondeu as mensagens na rede social admitindo a culpa pela interpretação do algoritmo do Twitter.

“É 100% nossa culpa. Ninguém deve dizer o contrário. Agora o próximo passo é corrigir”, disse ele.

Ele também afirmou que o sistema de reconhecimento facial não é utilizado nesses casos e que a empresa está trabalhando para corrigir o erro.

Nesta segunda-feira, 21, o Twitter Brasil se posicionou sobre o assunto afirmando que "fizemos uma série de testes antes de lançar o modelo e não encontramos evidências de preconceito racial ou de gênero".

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