Tecnologia

Ultrassom pode virar anticoncepcional masculino

Os pesquisadores estão convencidos de que este método, se for estudado em profundidade, poderia ser aplicado em humanos

Os melhores resultados ocorreram após utilizar duas sessões de ultrassom de 15 minutos com dois dias de intervalo (Mattox/SXC)

Os melhores resultados ocorreram após utilizar duas sessões de ultrassom de 15 minutos com dois dias de intervalo (Mattox/SXC)

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Da Redação

Publicado em 31 de janeiro de 2012 às 12h43.

Washington- Equipamentos de ultrassom comercialmente disponíveis poderiam ser utilizados no futuro como um método confiável, econômico e reversível de contracepção masculina, depois que reduziram o número de espermatozóides em ratos de laboratório, concluíram cientistas americanos.

O estudo, publicado na edição de sábado da revista de Biologia e Endocrinologia Reprodutiva (Reproductive Biology and Endocrinology), foi feito com ratos por cientistas da Escola de Medicina da Universidade da Carolina do Norte (sudeste).

Os pesquisadores estão convencidos de que este método, se for estudado em profundidade, poderia ser aplicado em humanos.

Segundo os informes, a equipe, chefiada pelo doutor James Tsuruta, descobriu que a aplicação de ultrassom de alta frequência (3MHz) ao redor dos testículos provocava uma diminuição das células reprodutivas.

Os melhores resultados ocorreram após utilizar duas sessões de ultrassom de 15 minutos com dois dias de intervalo.

De acordo com os cientistas, esta metodologia reduziu o número de espermatozóides a zero, enquanto os homens férteis têm, em condições normais, mais de 39 milhões por mililitro de sêmen, de acordo com os pesquisadores.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define como baixa a concentração abaixo de 15 milhões de espermatozóides por mililitro de sêmen.

"Diferente dos humanos, os ratos se mantêm férteis mesmo com níveis de concentração de espermatozóides extremamente baixos", explicou o doutor Tsuruta.

"No entanto, nosso tratamento não invasivo por ultrassom reduziu as reservas de espermatozóide dos ratos a níveis muito inferiores dos que normalmente são observados nos humanos férteis", acrescentou.

O cientista disse, ainda, que pesquisas mais profundas são necessárias para determinar quanto tempo durarão os efeitos contraceptivos e averiguar se é seguro repetir o tratamento várias vezes.

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