UE diverge sobre endurecimento de sanções contra crimes virtuais
Diferenças entre os países ficaram evidentes durante debate para reforçar segurança na rede
Da Redação
Publicado em 25 de fevereiro de 2011 às 12h45.
Bruxelas - Os países da União Europeia (UE) mostraram nesta sexta-feira suas posições divergentes sobre o endurecimento das sanções contra crimes virtuais.
Estas diferenças ficaram evidentes durante um debate dos ministros de Justiça europeus sobre uma proposta para reforçar a segurança na UE contra todo tipo de crime na rede.
A iniciativa, defendida pela comissária de Assuntos Internos da UE, Cecilia Malmstrom, propõe, entre outras medidas, um endurecimento das sanções para este tipo de crime.
Alguns Estados-membros, como Alemanha, Grécia e Finlândia, ressaltaram que a experiência demonstrou que impor sanções mais duras não é a melhor maneira de combater o problema e defenderam a adoção de outras medidas, como o uso de mecanismos técnicos para melhorar a investigação desses crimes.
Já França, Reino Unido e Holanda mostraram-se a favor da proposta de Bruxelas e de que a medida seja adotada o mais rápido possível para combater um problema que vem crescendo.
Por sua vez, Bulgária e Lituânia pediram que sejam punidos com mais dureza os crimes contra instituições como administrações públicas, bancos e usinas nucleares.
Embora a UE tenha advertido que seus membros "já têm suas medidas" de segurança contra crimes virtuais, acha conveniente a blindagem das redes europeias e medidas específicas para proteger as infraestruturas "críticas", segundo a comissária de Assuntos Internos.
De acordo com a UE, os hackers "inventam" a cada dia tantos delitos quanto novos aplicativos aparecem no mercado.
Entre os crimes mais populares está a obtenção de números de cartões de crédito, a sabotagem de redes, a extorsão e a espionagem.