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Twitter é usado para anunciar execução por fuzilamento de condenado

A partir dos minutos que se seguiram e ao longo daquela madrugada, a expressão "firing squad"tornou-se um dos mais citados na ferramenta

"Que Deus lhe conceda a clemência que ele negou a suas vítimas", escreveu Shurtleff
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Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2010 às 11h59.

São Paulo - Que as pessoas escrevem sobre qualquer coisa que está acontecendo no Twitter não é novidade, até porque é esse o objetivo da ferramenta. Mas uma mensagem publicada pelo norte-americano Mark Shurtleff em seu microblog chamou a atenção na última sexta-feira (18). Shurtleff é procurador-geral do estado de Utah e usou o site para anunciar que acabava de autorizar o Diretor do Departamento de Correções do estado a executar o preso Ronnie Gardner.

O tweet foi postado pelo procurador-geral às 0h02 no horário local (3h02 da manhã em Brasília) de seu iPhone, para ser lido pelos mais de sete mil seguidores que ele tem no Twitter. Conforme noticiou a rede BBC, momentos depois de a mensagem ser publicada no site, Gardner era morto por um pelotão de fuzilamento. "Que Deus lhe conceda a clemência que ele negou a suas vítimas", tuitou Shurtleff.

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Em um novo tweet, 13 minutos depois, o procurador-geral de Utah escreveu: "Estaremos transmitindo ao vivo minha conferência à imprensa assim que eu anunciar que Gardner está morto. Veja ao vivo em http://www.attorneygeneral.Utah.gov/live.html ".

A partir dos minutos que se seguiram e ao longo daquela madrugada, a expressão "firing squad" (pelotão de fuzilamento, em inglês) tornou-se um dos mais citados no Twitter e foi parar na lista de Trending Topics, especialmente por conta de críticas ao método de execução.

Gardner foi condenado por matar a tiros o advogado Michael Burdell durante uma tentativa de fuga de um tribunal em 1985, desde quando estava no corredor da morte. Na ocasião, ele estava sendo julgado por outro assassinato, do garçom Melvyn Otterstrom, ocorrido em 1984.

O preso foi o primeiro norte-americano condenado à morte que foi executado a tiros desde 1996, e o terceiro desde 1976. A execução por um pelotão de fuzilamento não é utilizada na maior parte dos estados norte-americanos, inclusive em Utah, onde foi banida em 2004. Como a condenação de Gardner ocorreu quando o fuzilamento ainda era uma opção, o próprio preso teve o direito de escolher essa alternativa.

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