Tecnologia

Twitter reduz número de funcionários para crescer

Medida foi tomada depois de menos de uma semana que o cofundador Jack Dorsey assumiu a presidência da empresa

Twitter (mkhmarketing via Flickr)

Twitter (mkhmarketing via Flickr)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de outubro de 2015 às 16h09.

Twitter vai demitir 336 funcionários, cerca de 8% de seus efetivos totais, na primeira medida tomada por Jack Dorsey, que voltou ao comando da empresa para fidelizar usuários e fazê-la ganhar dinheiro.

A medida foi anunciada menos de uma semana depois de Dorsey, um dos fundadores do Twitter, voltar à presidência da companhia em um esforço para retomar o crescimento dessa rede social com sede em São Francisco.

"Tomamos algumas decisões duras, mas necessárias para permitir que o Twitter tenha um enfoque mais amplo e reinvestir no crescimento", disse Dorsey, de 38 anos, em um tuíte no qual anunciou o plano.

Na semana passada, o Twitter lançou nos Estados Unidos uma ferramenta denominada "Moments" que permite acessar rapidamente o "melhor do Twitter", ajudando os usuários a não perderem as principais mensagens e tendências do dia.

O Twitter vem batalhando para expandir-se além dos 300 milhões de usuários, um número menor do que o do Instagram e muito longe do apresentado pelo Facebook.

O Twitter também quer fazer frente ao Snaphat e ao WhatsApp. A empresa contabiliza 316 milhões de usuários mas apenas 44% se conecta todos os dias. Em termos de comparação, 65% dos 1,49 bilhão de usuários do Facebook acessa cotidianamente a essa rede social.

"Estamos fazendo uma reorganização de nossos efetivos para colocar a nossa empresa em um caminho de crescimento sólido", afirmou Dorsey em uma carta aos funcionários e às autoridades financeiras.

Os departamentos de produto e engenharia serão os mais afetados, disse o Twitter, que confirma que o maior problema da companhia é o produto, comentou Shebly Seyrafi da FBN Securities.

O grupo californiano, que empregava 4.100 pessoas até o final de junho, não deu detalhes de como serão repartidas as demissões.

A redução do quadro de funcionários custará aproximadamente 290 milhões de dólares, especialmente em indenizações. Os gastos de reestruturação serão de 5 e 15 milhões de dólares.

"O mundo precisa de um Twitter forte e este é outro passo em direção ao futuro", disse Dorsey.

Ele acrescentou que será elaborado um plano para mudar a forma de trabalho e saber o que será necessário para esse trabalho.

Dorsey dirigiu o Twitter de 2007 a 2008 e no último verão boreal esteve à frente da transição ocorrida depois da saída do ex-presidente da companhia Dick Costolo.

Agora deverá dividir seu tempo entre o Twitter e o sistema de pagamentos on-line Square, que está sob sua direção e que em breve deverá operar na Bolsa.

Para muitos analistas, Dorsey é o potencial salvador do Twitter para que essa rede social volte a crescer.

Lou Kerner, fundador e diretor de Social Internet Fund, comentou que a reorganização do Twitter "é um sinal positivo de que Dorsey fala sério sobre as mudanças, embora elas sejam duras, para que o Twitter volte a ser uma grande companhia novamente".

"É um grande desafio porque deverá fazer mudanças audaciosas para envolver aqueles que já experimentaram o Twitter e não se sentem ligados à rede social e sem incomodar os usuários que já amam o Twitter", afirmou Kerner.

"Considerando o contexto e o imenso talento de Dorsey, acho que ele é a pessoa mais qualificada para tentar isso", completou.

 

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas americanasEmpresas de internetINFOInternetRedes sociaisTwitter

Mais de Tecnologia

Conheça a Lark: a nova aposta da ByteDance para produtividade no Brasil

O homem mais rico da Ásia anuncia planos para robôs humanoides em 2025

Gigante do TikTok, ByteDance atinge valor de US$ 300 bilhões, diz WSJ

Segurança de dados pessoais 'não é negociável', diz CEO do TikTok