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Twitter dribla polêmicas e tem 2018 da recuperação

A rede social combateu os robôs, melhorou sua plataforma e espera registrar um aumento de quase 23% no faturamento anual

DORSEY, DO TWITTER: ele voltou para reinventar a companhia que ajudou a fundar em 2006 / Andrew Burton / Getty Images

DORSEY, DO TWITTER: ele voltou para reinventar a companhia que ajudou a fundar em 2006 / Andrew Burton / Getty Images

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 7 de fevereiro de 2019 às 06h27.

Última atualização em 8 de fevereiro de 2019 às 18h27.

Em meio às recorrentes polêmicas do Facebook em 2018, pouco se falou sobre outra rede social americana: o Twitter. E isso é um bom sinal para a companhia.

Com seu jeito mais tímido, às vezes longe das manchetes, a rede social conseguiu bons resultados ao longo do ano e deve aumentar sua receita em quase 23% em relação a 2017, chegando a 3 bilhões de dólares. Os resultados do quatro trimestre serão anunciados nesta quinta-feira (7) e, de acordo com as previsões, as notícias devem ser boas para a empresa de São Francisco.

O microblog, que no fim de 2017 havia aumentado o limite de texto das mensagens de 140 para 280 caracteres, deve chegar a 300 milhões de usuários mensais, dos quais 160 milhões são ativos diariamente no trimestre. Os números não representam um crescimento, uma vez que eram de 330 milhões e 164 milhões de usuários no último trimestre de 2017, mas a companhia passou por uma faxina para remover robôs e diminuir o abuso dos seus termos de uso ao longo do ano, o que causou a redução.

Por outro lado, com usuários mais engajados, a plataforma se torna mais rica para o público e mais atraente para o mercado publicitário, de onde vem o grosso da receita do Twitter. Sem enfrentar as crises de privacidade do gigante rival Facebook, o Twitter tem um bom futuro pela frente.

Apesar de precisar de novas fontes de receita para manter a trajetória de crescimento, o Twitter anima os investidores. A boa fase começou a tomar forma em 2016, quando o cofundador Jack Dorsey retornou à empresa para tirá-la das cordas. Desde então, contou com inesperadas ajudas, como a eleição de presidentes como o americano Donald Trump e o brasileiro Jair Bolsonaro, fieis utilizadores de suas contas na rede social. Também se beneficiou com a enxurrada de críticas e notícias de vazamentos no concorrente Facebook.

O balanço de hoje deve mostrar se a impressão de que o Twitter virou um porto seguro na internet tem feito bem aos negócios.

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