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TIM vê com cautela leilão de 700 MHz em 2014

O aspecto que presidente da operadora destaca como mais relevante são as condições de limpeza do espectro, hoje ocupado pelas empresas de radiodifusão

4G: presidente da TIM é cético em relação à entrada de um novo player no mercado apenas por meio da licitação de 4G (David Ramos/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2013 às 19h32.

A TIM ainda vê com cautela o leilão de 700 MHz marcado para 2014. Segundo entrevista de Rodrigo Abreu, presidente da operadora, à Revista TELETIME de outubro, que circula a partir da próxima semana, ainda que a faixa de 700 MHz seja importante para a cobertura das operadoras, ainda há muitas incertezas sobre o leilão.

O aspecto que ele destaca como mais relevante são as condições de limpeza do espectro, hoje ocupado pelas empresas de radiodifusão.

"Se no caso do MMDS já deu toda essa confusão, no caso do broadcast a questão é muito mais complexa, tem muito mais elementos em jogo, pode-se buscar, ou não, incentivos à digitalização da radiodifusão... O custo de limpar a faixa não pode ser maior do que o custo do espectro. A limpeza precisa ser pré-definida e regulada, ou os dois setores vão ter problemas", disse Abreu.

A confusão no MMDS a que ele se refere são as ações judiciais movidas pelas operadoras móveis TIM e Claro contra as condições arbitradas pela Anatel.

A TIM optou por pagar o devido aos pequenos operadores de MMDS, mas no caso das empresas que já tinham a faixa de 2,5 GHz e decidiram participar do leilão de 4G, a operadora questionou porque entende que não é correto usar a mesma metodologia de compensação considerando que os grupos abriram mão da faixa para competir no leilão.

Obrigações

Outro aspecto de insegurança da TIM com relação ao leilão diz respeito às obrigações que serão colocadas pela Anatel e à modelagem econômica que a agência usará para calcular o valor do espectro.

"O ideal é que já haja um mecanismo que alinhe e sincronize as obrigações já existentes, mas isso não é simples de fazer. E há ainda um outro elemento, que é o modelo de custos dessas obrigações, que tem que considerar a infraestrutura e o modelo de receita. O fato de eu ter a faixa de 2,5 GHz e a faixa de 700 MHz não significa que eu vou ter acesso a dois públicos, vou comercializar dois serviços e vou ter duas receitas diferentes. O cliente é o mesmo qualquer que seja a tecnologia", disse Abreu.

Ele também é cético em relação à entrada de um novo player no mercado apenas por meio da licitação de 4G. "As dificuldades de começar do zero, sem base, só com 4G, são gigantes. Parece uma equação difícil de fechar", disse.

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A TIM ainda vê com cautela o leilão de 700 MHz marcado para 2014. Segundo entrevista de Rodrigo Abreu, presidente da operadora, à Revista TELETIME de outubro, que circula a partir da próxima semana, ainda que a faixa de 700 MHz seja importante para a cobertura das operadoras, ainda há muitas incertezas sobre o leilão.

O aspecto que ele destaca como mais relevante são as condições de limpeza do espectro, hoje ocupado pelas empresas de radiodifusão.

"Se no caso do MMDS já deu toda essa confusão, no caso do broadcast a questão é muito mais complexa, tem muito mais elementos em jogo, pode-se buscar, ou não, incentivos à digitalização da radiodifusão... O custo de limpar a faixa não pode ser maior do que o custo do espectro. A limpeza precisa ser pré-definida e regulada, ou os dois setores vão ter problemas", disse Abreu.

A confusão no MMDS a que ele se refere são as ações judiciais movidas pelas operadoras móveis TIM e Claro contra as condições arbitradas pela Anatel.

A TIM optou por pagar o devido aos pequenos operadores de MMDS, mas no caso das empresas que já tinham a faixa de 2,5 GHz e decidiram participar do leilão de 4G, a operadora questionou porque entende que não é correto usar a mesma metodologia de compensação considerando que os grupos abriram mão da faixa para competir no leilão.

Obrigações

Outro aspecto de insegurança da TIM com relação ao leilão diz respeito às obrigações que serão colocadas pela Anatel e à modelagem econômica que a agência usará para calcular o valor do espectro.

"O ideal é que já haja um mecanismo que alinhe e sincronize as obrigações já existentes, mas isso não é simples de fazer. E há ainda um outro elemento, que é o modelo de custos dessas obrigações, que tem que considerar a infraestrutura e o modelo de receita. O fato de eu ter a faixa de 2,5 GHz e a faixa de 700 MHz não significa que eu vou ter acesso a dois públicos, vou comercializar dois serviços e vou ter duas receitas diferentes. O cliente é o mesmo qualquer que seja a tecnologia", disse Abreu.

Ele também é cético em relação à entrada de um novo player no mercado apenas por meio da licitação de 4G. "As dificuldades de começar do zero, sem base, só com 4G, são gigantes. Parece uma equação difícil de fechar", disse.

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