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Teste da USP detecta zika mesmo após eliminação pelo corpo

Assim, seria possível confirmar se mães de bebês com microcefalia esteve infectada pelo zika, mesmo após as mulheres não estarem mais portando o vírus


	Aedesaegypti : a partir do diagnóstico obtido com o novo teste será possível estipular com mais precisão o número de infecções pelo zika no país
 (Thinkstock/AbelBrata)

Aedesaegypti : a partir do diagnóstico obtido com o novo teste será possível estipular com mais precisão o número de infecções pelo zika no país (Thinkstock/AbelBrata)

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Da Redação

Publicado em 21 de março de 2016 às 21h28.

São Paulo - Pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveram um teste que consegue identificar uma infecção de vírus zika mesmo após o microorganismo ter sido eliminado pelo organismo.

Com a nova metodologia, é possível confirmar se mães de bebês com microcefalia esteve infectada pelo zika, mesmo após as mulheres não estarem mais portando o vírus.

Depois da validação laboratorial, o teste foi utilizado com sucesso em amostras de sangue de mulheres do município de Itabaiana (SE), cidade com um dos maiores índices de microcefalia do país.

“Com este método podemos demonstrar a especificidade da detecção do Zika, superando uma deficiência séria dos sistemas sorológicos até agora disponíveis”, esclareceu o professor Luís Carlos de Souza Ferreira, vice-diretor e coordenador do Laboratório de Desenvolvimento de Vacinas do ICB.

Segundo os pesquisadores, a partir do diagnóstico obtido com o novo teste será possível estipular com mais precisão o número de infecções pelo vírus zika no país e, especialmente, obter a confirmação de infecção por Zika em gestantes.

Os reagentes necessários para realização do teste estão em produção e serão distribuídos para centros de pesquisa e laboratórios científicos do Brasil.

O desenvolvimento da metodologia envolveu o uso de técnicas de biologia molecular e contou com o trabalho do Laboratório de Desenvolvimento de Vacinas, Virologia Clínica e Evolução Molecular e Bioinformática do Departamento de Microbiologia do ICB, e integrantes da Rede Zika, uma força-tarefa de pesquisadores paulista.

A pesquisa contou com apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

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