Tesouro condena reativação da Telebrás
Instituição argumenta que há risco de contaminação dos ativos que seriam usados no Plano Nacional de Banda Larga, diz jornal
Talita Abrantes
Publicado em 24 de março de 2010 às 11h47.
São Paulo - Em nota técnica, o Tesouro Nacional admite que também é contra a reativação da Telebras para gestão do Plano Nacional de Banda Larga.
No parecer, a que o jornal Folha de São Paulo teve acesso, o órgão argumenta que exposição da empresa a muitas ações judiciais pode contaminar ativos que seriam usados no programa.
A estatal fechou 2009 ocupando o banco dos réus em 1.189 ações. O passivo judicial total era de 284 milhões de reais. A companhia já acumula prejuízo de 435 milhões de reais. Apesar disso, as ações da Telebrás subiram 35.000% diante dos rumores de sua reativação.
Na semana passada, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, também argumentou não ser favorável ao projeto do governo de reativar a estatal. A proposta de Costa é desenvolver o Plano Nacional de Banda Larga com participação do setor privado.
A ideia do plano é reunir R$ 75 bilhões em investimentos públicos e privados nas redes de telefonia até 2014 e levar banda larga de pelo menos 1 Mbps a todos os municípios brasileiros por preços acessíveis.