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Supremo sueco ratifica ordem de prisão contra Assange

Fundador do site que publica documentos secretos está sendo procurado pela Interpol

Julian Assange, fundador do WikiLeaks: acusações foram rebaixadas a "delito menor" (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2010 às 11h02.

Copenhague - A Corte Suprema da Suécia rejeitou nesta quinta-feira o recurso da defesa de Julian Assange, fundador da portal WikiLeaks, e manteve a ordem de prisão contra ele.

Ao negar o recurso, o Supremo ratifica a ordem de detenção emitida pela Interpol. Assange é suspeito de ter cometido delitos sexuais na Suécia em agosto, quando participou de conferências sobre sua atividade no WikiLeaks, o site que ganhou fama divulgando documentos confidenciais das guerras do Iraque e do Afeganistão.

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Para que o Supremo admitisse uma apelação é necessário um procedimento para revisar uma sentença de um tribunal inferior, e este só pode ser concedido se o caso é de grande importância para aplicação da lei ou se houver outras razões particulares.

Após analisar o caso de Assange, a Corte Suprema considerou que não há motivos para conceder esse ato, segundo sua sentença.

Trata-se de uma "notificação vermelha", o nível mais alto da Interpol, que se divulga para deter ou fazê-lo provisoriamente pessoas procuradas e com fins de extradição, neste caso, a pedido da Justiça da Suécia.

O Tribunal de Apelação de Svea, em Estocolmo, havia ordenado em 24 de novembro manter a ordem de prisão de um juizado de primeira instância.

A suspeita de violação se mantém, mas foi rebaixada à categoria de "delito menor", e em uma das três denúncias por assédio sexual se considera que o grau de suspeita "não é suficientemente forte".

Os problemas com a justiça sueca começaram em 20 de agosto, quando a Justiça emitiu a primeira ordem de captura por suspeita de violação, uma decisão revogada 24 horas depois, o que acabou reduzindo o caso a um delito menor de assédio.

Assange, australiano de 39 anos, admitiu ter mantido relações sexuais com várias mulheres, mas que estas foram consentidas e insinuou que poderia tratar-se de um complô contra sua pessoa instigado pelos Estados Unidos por causa das revelações de documentos secretos deste país feitas pelo WikiLeaks.

Seu advogado na Suécia, Bjoern Hurtig, apontou nessa direção, e mostrou sua surpresa pela alocação "notificação vermelha" para o delito, assim como pela recusa da Promotoria que Assange fora interrogado desde uma embaixada no estrangeiro.

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