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Supercomputadores dão agilidade à pesquisa científica

Vida de pesquisador não é fácil. Além de consultar exaustivamente estudos relacionados à sua tese, precisa testar em detalhes as variáveis que sustentam a sua teoria....

Nativa_10_INFO (iStockPhoto)

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Da Redação

Publicado em 24 de outubro de 2014 às 15h01.

Vida de pesquisador não é fácil. Além de consultar exaustivamente estudos relacionados à sua tese, precisa testar em detalhes as variáveis que sustentam a sua teoria. Na Universidade Estadual Paulista (Unesp), uma rede central de supercomputadores que interliga tecnologicamente os sete campi da instituição ampliou o poder de processamento de dados e ajudou a aumentar o número de projetos de pesquisa acadêmica.

O físico Sérgio Lietti, responsável pelo núcleo de computação científica (NCC) da Unesp, diz que a montagem de um grid computacional foi a solução mais racional do ponto de vista de custos e tecnologia. “Os pesquisadores precisavam de poder computacional para viabilizar suas teses, e a Unesp não tinha condições de criar centros de dados em todas as 30 unidades de ensino”, conta o especialista.

“Quase 300 acadêmicos espalhados pelo interior de São Paulo utilizam o alto poder computacional do sistema em 57 projetos diversos de disciplinas, como física, biologia e química. Em 2008, ano de início do sistema de supercomputadores GridUnesp, havia 120 pesquisadores espalhados em 27 projetos”, compara Lietti.

O grid computacional da Unesp é formado por um conjunto de máquinas com alto poder de processamento em rede local ou de longa distância, capaz de processar 33,3 trilhões de cálculos por segundo.

Outra vantagem é a economia de custos. Ao centralizar o uso do sistema, é possível administrar melhor os recursos das máquinas e distribuir capacidade a quem realmente está fazendo uso dela.

Pesquisando a cura de doenças

De acordo com a Unesp, projetos acadêmicos de biologia e biofísica estão entre os que mais necessitam do alto poder da computação em grid. Há desde estudos computacionais do comportamento das proteínas em determinadas situações até simulações de efeitos de medicamentos.

Desde 2010, os projetos científicos de biologia e biofísica mais que triplicaram, aumentando de cinco para 16. “Há pesquisadores de várias instituições, inclusive internacionais”, detalha o especialista.

A demanda por processamento de dados está aumentando, de acordo com Lietti. “Atualmente, a demanda por poder computacional está em 70%. Já temos um financiamento aprovado pela Finep [financiadora de estudos e projetos] para dobrar nossa capacidade de processamento para 66 trilhões de cálculos por segundo.”

 

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