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Substância no cacau pode conter deterioração cognitiva

A deterioração gradativa da memória começa na idade adulta, mas não é percebida antes dos 50, ou 60 anos

Cacau: flavonóis também podem ser encontrados no chá, nas uvas e em outros frutos e legumes (Medicaster/Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de outubro de 2014 às 17h28.

Um regime rico em flavonóis, subgrupo dos flavonoides, substâncias naturais encontradas no cacau e em outros frutos, pode controlar a deterioração cognitiva relacionada com a idade - afirmam cientistas.

O processo de envelhecimento costuma ser acompanhado por uma dificuldade maior de aprender, ou de lembrar de alguns nomes, ou lugares.

A deterioração gradativa da memória começa na idade adulta, mas não é percebida antes dos 50, ou 60 anos.

Para estudar o impacto dos flavonóis do cacau, cientistas da Universidade de Columbia (EUA) submeteram a testes 37 voluntários com idades entre os 50 e os 69 anos.

Esses voluntários foram distribuídos em dois grupos que, durante três meses, ingeriram diariamente bebidas com altas doses de flavonóis - uma delas contendo 900 mg e a outra com uma dose baixa da substância, de 10 mg.

As bebidas foram preparadas por um fabricante americano de chocolates , que desenvolveu uma técnica para extrair os flavonóis do cacau e que financiou parcialmente a pesquisa .

Ao final do teste, os cérebros dos voluntários foram observados com técnicas de imagem cerebral, que permitiram mostrar o aumento sensível do volume sanguíneo de uma região conhecida como giro dentado do hipocampo nos voluntários do primeiro grupo.

O giro dentado desempenha um papel na memória, mas os resultados diminuem com a idade.

Os voluntários do primeiro grupo apresentaram melhores aptidões de memorização do que os do segundo, em um exercício de reconhecimento de formas com 20 minutos de duração.

"Depois de três meses, um participante, que tinha a memória de um sexagenário no começo do estudo, apresentou desempenho típico de alguém com 30 ou 40 anos", afirmou Scott Small, principal autor do estudo, publicado na edição deste domingo da revista "Nature Neuroscience".

O pesquisador destacou, porém, que os resultados preliminares terão de ser confirmados por novos estudos, com um número maior de pessoas.

Ele também advertiu que não foi possível concluir a necessidade de se ingerir mais chocolate, pois a "quantidade de flavonóis encontrada no chocolate é minúscula em comparação com a consumida" pelos voluntários do estudo.

Os flavonóis também podem ser encontrados no chá, nas uvas e em muitos outros frutos e legumes e poderiam, segundo outros estudos, ser benéficos também para o coração.

Uma outra pesquisa, feita por cientistas australianos, com o apoio de outro fabricante de chocolate, já teria demonstrado, em 2012, que os flavonóis do cacau poderiam aumentar a capacidade do cérebro.

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Um regime rico em flavonóis, subgrupo dos flavonoides, substâncias naturais encontradas no cacau e em outros frutos, pode controlar a deterioração cognitiva relacionada com a idade - afirmam cientistas.

O processo de envelhecimento costuma ser acompanhado por uma dificuldade maior de aprender, ou de lembrar de alguns nomes, ou lugares.

A deterioração gradativa da memória começa na idade adulta, mas não é percebida antes dos 50, ou 60 anos.

Para estudar o impacto dos flavonóis do cacau, cientistas da Universidade de Columbia (EUA) submeteram a testes 37 voluntários com idades entre os 50 e os 69 anos.

Esses voluntários foram distribuídos em dois grupos que, durante três meses, ingeriram diariamente bebidas com altas doses de flavonóis - uma delas contendo 900 mg e a outra com uma dose baixa da substância, de 10 mg.

As bebidas foram preparadas por um fabricante americano de chocolates , que desenvolveu uma técnica para extrair os flavonóis do cacau e que financiou parcialmente a pesquisa .

Ao final do teste, os cérebros dos voluntários foram observados com técnicas de imagem cerebral, que permitiram mostrar o aumento sensível do volume sanguíneo de uma região conhecida como giro dentado do hipocampo nos voluntários do primeiro grupo.

O giro dentado desempenha um papel na memória, mas os resultados diminuem com a idade.

Os voluntários do primeiro grupo apresentaram melhores aptidões de memorização do que os do segundo, em um exercício de reconhecimento de formas com 20 minutos de duração.

"Depois de três meses, um participante, que tinha a memória de um sexagenário no começo do estudo, apresentou desempenho típico de alguém com 30 ou 40 anos", afirmou Scott Small, principal autor do estudo, publicado na edição deste domingo da revista "Nature Neuroscience".

O pesquisador destacou, porém, que os resultados preliminares terão de ser confirmados por novos estudos, com um número maior de pessoas.

Ele também advertiu que não foi possível concluir a necessidade de se ingerir mais chocolate, pois a "quantidade de flavonóis encontrada no chocolate é minúscula em comparação com a consumida" pelos voluntários do estudo.

Os flavonóis também podem ser encontrados no chá, nas uvas e em muitos outros frutos e legumes e poderiam, segundo outros estudos, ser benéficos também para o coração.

Uma outra pesquisa, feita por cientistas australianos, com o apoio de outro fabricante de chocolate, já teria demonstrado, em 2012, que os flavonóis do cacau poderiam aumentar a capacidade do cérebro.

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