Startups atraem US$ 15 bi e batem recorde na América Latina
Os unicórnios da região se tornaram alvo para fundos de venture capital, atraindo investidores de tecnologia e o triplo do valor arrecadado em 2019; fintechs e Brasil se destacam
Bloomberg
Publicado em 24 de janeiro de 2022 às 14h43.
Última atualização em 24 de janeiro de 2022 às 14h53.
Investidores de tecnologia despejaram uma quantidade recorde de recursos na América Latina no ano passado, criando uma nova classe de startups que valem pelo menos 1 bilhão de dólares, também chamadas de “ unicórnios ”, em uma região que rapidamente se tornou um alvo para fundos de venture capital.
As startups atraíram US$ 15,3 bilhões no ano passado, mais que o triplo do recorde anterior, de US$ 4,9 bilhões em 2019, de acordo com dados preliminares divulgados no domingo pela Associação para Investimentos de Capital Privado na América Latina, ou Lavca.
O financiamento em todos os principais países atingiu um recorde, liderado pelo Brasil, e a tecnologia financeira, ou fintech , conquistou mais do que qualquer outro setor, disse a associação com sede em Nova York.
Fundos internacionais estão fazendo parcerias com empresas locais em rodadas de investimento grandes e pequenas, disseJulie Ruvolo, diretora administrativa de capital de risco da Lavca.
Eles ajudaram a criar 17 startups privadas no valor de US$ 1 bilhão ou mais no ano passado, incluindo empresas no México, como a revendedora de carros usados Kavak, avaliada em US$ 8,7 bilhões. O México não tinha unicórnios até janeiro de 2021, de acordo com o Lavca.
Não é só a América Latina. O financiamento de risco no primeiro semestre do ano passado aumentou 128% nos mercados emergentes, em relação ao ano anterior. Na América Latina, cresceu 335%, segundo os últimos dados disponíveis da Global Private Capital Association, da qual a Lavca é membro.
“Estamos vendo uma explosão nos mercados globais com anos recordes”, disse Ruvolo.