Ricardo Corrêa: CEO da Ramper acredita em protagonismo para profissionais de TI virem para a startup (Ramper/Divulgação)
Lucas Agrela
Publicado em 12 de abril de 2021 às 10h00.
Última atualização em 12 de abril de 2021 às 11h47.
A startup brasileira Ramper, que automatiza a captação de clientes, busca expandir seus negócios para mais áreas do processo de vendas e, por isso, segue captando recursos. Em 2018, a companhia recebeu um aporte de 1 milhão de reais da Smart Money Ventures para ganhar tração no mercado. Agora, a Ramper recebe um novo aporte no valor de 8 milhões de reais da Domo Invest. O investimento é anunciado com exclusividade pela EXAME.
Com o novo investimento, a startup irá continuar a expansão da empresa e planeja dobrar a receita anual em 2021. Como o produto oferecido pela Ramper é um software como serviço (SaaS), um programa online oferecido para empresas contratantes. Ricardo Corrêa, CEO da Ramper, explica que o investimento será usado para a contratação de profissionais especializados. Com isso, Corrêa espera criar novos produtos e otimizar os já existentes.
“Encontramos uma grande dor no mercado e notamos que havia espaço para crescer rapidamente com a captação de aportes. Nos últimos três anos, crescemos e nos tornamos autoridades no mercado. Agora, queremos ir além da prospecção de clientes. Vamos ampliar mais o foco da empresa para três novas áreas”, afirma Corrêa, em entrevista para a EXAME.
A startup não abre números de faturamento, mas diz crescer 5% ao mês. Desde a sinalização do primeiro aporte, Corrêa afirma que a empresa cresceu 20 vezes. Para continuar a expansão, novas captações de recursos estão no horizonte nos próximos 18 meses, apesar de a Ramper ter a possibilidade de operar em breakeven, ponto de equilíbrio das finanças corporativas em que o custo total e a receita total são iguais.
“A função de vendas nas empresas ainda é muito realizada sem automatização. Queremos ser um meio para tornar os vendedores mais estratégicos. Nesse cenário, há uma oportunidade de melhorar o fluxo de informações de clientes em potencial captados e vendedores. Vamos criar um canal direto entre um site de captação de interessados e a agenda do vendedor, o que melhora a agilidade de comunicação com o consumidor. Poderemos, também, melhorar a qualidade da base de clientes em potencial, levando a uma economia de tempo do vendedor”, diz Corrêa.
Com mais de 1000 clientes, a startup tem como clientes as pequenas e médias empresas, como agências de comunicação e marketing, empresas de tecnologia e serviços profissionais, como escritórios de advocacia e consultorias. Corrêa acredita que a expansão dos negócios se dará junto aos clientes já existentes, uma vez que novas frentes serão criadas.
O crescimento da startup esbarra no problema da falta de profissionais de tecnologia no Brasil. O objetivo é dar um salto de 50 para 100 pessoas até o 1º trimestre de 2022. Para isso, a Ramper aposta na oferta de protagonismo aos colaboradores. “Vamos contratar engenheiros de software e profissionais de produto. Disputamos esses profissionais com empresas mais capitalizadas. O que fazemos é dar destaque para os nossos profissionais. O senso de participação nos negócios aqui é muito grande”, declara Corrêa.