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Startup da China lança seu primeiro foguete

A operação tem o objetivo de coletar dados para o projeto de foguete chamado OS-X, que será capaz de colocar em órbita uma carga de 100 quilos

Foguete: como planejado, o foguete da OneSpace chegou a 9 metros de envergadura e chegou a uma altitude de 273 quilômetros antes de cair (Wan Nan/Chongqing Ribao/Reuters)

Foguete: como planejado, o foguete da OneSpace chegou a 9 metros de envergadura e chegou a uma altitude de 273 quilômetros antes de cair (Wan Nan/Chongqing Ribao/Reuters)

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AFP

Publicado em 17 de maio de 2018 às 15h27.

Última atualização em 18 de maio de 2018 às 17h33.

A empresa chinesa OneSpace lançou seu primeiro foguete, nesta quinta-feira (17), em um contexto de grande desenvolvimento da indústria espacial privada na China, que espera competir com os Estados Unidos.

A "startup" faz parte das dezenas de empresas chinesas que querem se impor em um mercado espacial global muito competitivo.

Este mercado tem um valor de 339 bilhões de dólares, de acordo com o Bank of America Merrill Lynch, e é dominado pelas americanas SpaceX (do bilionário Elon Musk) e Blue Origin.

O foguete chinês de 9 metros de envergadura decolou de um lugar não informado no noroeste da China e chegou a uma altitude de 273 quilômetros antes de cair, como planejado, no solo, indicou a OneSpace em um comunicado.

O objetivo da operação era coletar vários dados necessários para o projeto de uma série de foguetes chamados OS-X.

Cada um será capaz de colocar na órbita terrestre uma carga de 100 quilos, indicou o porta-voz da empresa, Chen Jianglan. A OneSpace espera construir cerca de 20 foguetes desse tipo antes do fim da década.

A empresa também trabalha no projeto de foguetes para lançar pequenos satélites, um setor em pleno desenvolvimento.

Esses dispositivos, às vezes tão pequenos quanto uma caixa de sapatos, são usados ​​para monitorar plantações, meteorologia, ou locais onde ocorreram desastres naturais, de acordo com o astrônomo Jonathan McDowell, do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian, nos Estados Unidos.

Esses pequenos satélites são mais baratos e mais facilmente implantáveis ​​do que as versões clássicas. Seu lançamento se tornou um mercado lucrativo, que hoje é dominado pela Índia.

A OneSpace afirma ter atraído a atenção de vários clientes chineses e estrangeiros.

"Várias empresas europeias e asiáticas especializadas em satélites nos contataram para estabelecer parcerias estratégicas", comemorou o porta-voz da empresa.

Em 2014, a China autorizou empresas privadas a construírem e lançarem seus satélites.

Outra start-up chinesa, a iSpace, realizou seu próprio teste de foguete no mês passado, na ilha tropical de Hainan, no sul do país. Ela prevê ter um lançador capaz de colocar satélites em órbita a partir de junho de 2019.

https://twitter.com/lailp/status/996934097086885888

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