SpaceX lança satélites para fornecer internet a partir do espaço
Para se posicionar no futuro mercado, companhia lançou seu 2º grupo de minissatélites "Starlink" para oferecer o serviço em alta velocidade
AFP
Publicado em 11 de novembro de 2019 às 17h38.
Última atualização em 11 de novembro de 2019 às 17h44.
A companhia espacial americana SpaceX lançou nesta segunda-feira o segundo grupo de seus minissatélites "Starlink", destinados a fornecer internet a partir do espaço.
Um foguete Falcon 9 decolou sem incidentes de Cabo Canaveral, na Flórida, às 14H56 GMT (11H56 em Brasília), levando uma cápsula com 60 satélites, segundo as imagens ao vivo difundidas no site da companhia criada pelo empresário Elon Musk.
A SpaceX quer se posicionar no futuro mercado da internet do espaço, um setor onde terá muitos concorrentes, como a start-up OneWeb e a gigante americana Amazon, que está bastante atrasada em relação ao projeto "Starlink".
Musk espera ganhar entre 3 e 5% do mercado mundial de internet, uma parte avaliada em 30 bilhões de dólares por ano, 10 vezes mais do que ganha com seus foguetes. O objetivo é financiar com isso o desenvolvimento de seus lançadores e naves espaciais e cumprir um velho sonho: viajar a Marte.
A empresa californiana obteve das autoridades americanas a autorização para lançar 12.000 satélites, distribuídos por várias órbitas, e apresentou uma solicitação para enviar outros 30.000.
Sua constelação de satélites "Starlink" fornecerá internet de alta velocidade à Terra. Seus minissatélites estarão a uma altitude relativamente baixa (550 km para os primeiros), o que permitirá um tempo de resposta rápido.
Na primeira fase de seu projeto, em maio, a SpaceX enviou 60 satélites ao espaço. A companhia afirma que no ano que vem estarão operativos para o Canadá e o norte dos Estados Unidos, e explica que serão necessários 24 lançamentos para cobrir todo o planeta.
Há mais de 2.100 satélites ativos em órbita em volta da Terra, e a possibilidade de adicionar 42.000 gera preocupação.
Os astrônomos temem que uma parte dessas constelações atrapalhem as observações por telescópio a partir do planeta.
A segunda preocupação é a possibilidade de criar engarrafamentos nas órbitas terrestres baixas, entre 1.500 ou 2.000 km, que aumentará o risco de colisão entre satélites.