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'SP não pode mais confiar no volume morto', afirma Dilma

O volume morto do Sistema Cantareira, água do fundo do reservatório, começou a ser utilizado pela Sabesp na distribuição no dia 15 de maio

Cantareira (Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de junho de 2014 às 13h04.

Ausente da convenção que lançou ontem o ex-ministro Alexandre Padilha como candidato do PT ao governo de São Paulo, o que irritou a cúpula da campanha, a presidente Dilma Rousseff gravou um vídeo de apoio ao petista no qual fez seu primeiro grande gesto na campanha paulista, ao afirmar que o Estado "não pode mais confiar em volume morto" e que Padilha "é o volume vivo de tudo o que São Paulo precisa".

A fala da presidente fazia referência à crise de abastecimento de água no Estado. O volume morto do Sistema Cantareira, água do fundo do reservatório, começou a ser utilizado pela Sabesp na distribuição no dia 15 de maio após o chamado volume útil chegar a menos de 10%.

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A medida, inédita no Estado, foi necessária para impedir que o sistema secasse antes do próximo período de chuvas, previsto para ter início entre outubro e novembro. A utilização do volume morto é usada pelos petistas para apontar falta de planejamento da gestão tucana.

Ao trazer o tema, Dilma não apenas se insere na disputa como tenta desgastar o governador Geraldo Alckmin (PSDB).

No Planalto e em setores do PT predomina um pessimismo em relação à campanha de Padilha, que tem 3% de intenções de voto e deve enfrentar dificuldades em um Estado conservador e em um momento em que Dilma e o prefeito Fernando Haddad não estão bem avaliados.

Presente à convenção, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também usou a crise de água para rebater fala do senador Aécio Neves (PSDB-MG) de que "um tsunami vai varrer" o PT do poder, dita anteontem no evento que oficializou a candidatura do tucano à Presidência. "Por que não colocam o tsunami pra trazer de volta a água do Cantareira?" Padilha também se referiu ao comentário de Aécio. "Eles falam em tsunami, mas de água o PSDB não entende. O tsunami deles não leva água para a casa do povo paulista".

Em nota, o PSDB-SP afirmou que "releva a citação grosseira da presidente Dilma Rousseff, que vive um momento de desgaste perante a opinião pública, enquanto o governo de São Paulo enfrenta suas adversidades com êxito apoio da população."

Segurança. Lula criticou diretamente Alckmin pela gestão da segurança pública e das penitenciárias do Estado. "Os bandidos tomaram conta e o governador não consegue sequer tirar o celular?", indagou, em referência à promessa não cumprida de instalar bloqueadores de celulares nos presídios.

Padilha, por sua vez, afirmou que "não se faz a mudança real e necessária para os paulistas ouvindo apenas os patrões e quem sempre defendeu os interesses dos mais ricos".

O slogan de campanha será "para mudar de verdade o Estado de São Paulo". O candidato a vice ainda não foi escolhido. Padilha tem o apoio de PP e PC do B, e negocia com PR e PSD. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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