Sony PlayStation Network pode oferecer até novela no Brasil
Executivo da Sony mantém conversas com o governo e busca mecanismos para diminuir preços de consoles e games no Brasil
Da Redação
Publicado em 25 de julho de 2011 às 09h41.
Los Angeles—Entusiasmado com o mercado brasileiro, Mark Stanley, gerente de marketing da Sony para a América Latina, aposta alto no país. O executivo, que recebeu a reportagem do site da revista VEJA durante a feira E3, em Los Angeles, é otimista e confessa que, dadas as proporções da indústria local, é provável que aumente sua equipe em 2012. A grande aposta da empresa, porém, é o lançamento da PlayStation Network no Brasil, que aconteceu oficialmente na última sexta-feira.
A rede on-line, cujo objetivo é oferecer, aos usuários, jogos, filmes e programas de TV via download, pretende transformar o PlayStation 3 em central de mídia. E, para isso, revela Stanley, vale tudo, inclusive negociar com emissoras de televisão locais o direito de disponibilizar conteúdos populares, como novelas, na PSN. Confira a seguir a entrevista na íntegra:
A PlayStation Network chega, enfim, ao Brasil. O que os jogadores encontrarão lá?
Stanley — Os brasileiros encontrarão na PSN tudo o que eles precisam para explorar a experiência PlayStation. Daremos, aos jogadores, a oportunidade de fazer o download de games em casa. Essa experiência inclui, ainda, novos lançamentos e jogos de catálogo. Vamos oferecer uma quantidade mínima de títulos, mas continuaremos aumentando a nossa biblioteca. No Brasil, por exemplo, as novelas são muito populares. Estamos totalmente dispostos a oferecer esse tipo de conteúdo ao nosso público.
Faz parte da estratégia da Sony fechar acordos com canais locais de televisão para fornecer conteúdo regional?
Stanley — Exatamente. É parte de nossa estratégia fechar acordos com esses produtores. Há grandes grupos desenvolvendo diferentes materiais e estamos dispostos a oferecer para essas pessoas a oportunidade de distribuir conteúdos de uma nova maneira. Queremos facilitar o acesso ao entretenimento, seja ele games, programas de TV ou filmes.
Por que a divisão PlayStation decidiu começar uma operação no Brasil?
Stanley — A comunidade brasileira é muito importante para os nossos negócios. Quando pensamos na América Latina, o Brasil é nossa maior prioridade. Temos investido nas nossas recentes operações e estamos tentando tornar os jogos mais acessíveis. E isso inclui consoles, games e acessórios. Estamos orgulhosos de começar a prensar jogos na Zona Franca de Manaus. Isso nos permite oferecer lançamentos a um preço menor na região. O valor médio de um jogo para PlayStation 3 no país é de 249 reais, mas estamos conseguindo oferecer a 199. Continuaremos tentando baixar esse valor. Temos conversado com o governo em busca de uma redução tributária.
A Sony está conversando com o governo brasileiro em busca de uma redução de taxas?
Stanley — Isso mesmo. Em parceria com varejistas, temos mantido um diálogo com o governo, no intuito de beneficiar o consumidor. São eles que constroem a economia de um país. Vamos continuar essa conversa para, no futuro, oferecer aos brasileiros um PlayStation 3 mais barato. Sabemos que esse é um processo longo, mas nos comprometemos a não desistir.
Vocês pretendem contratar mais pessoas no Brasil?
Stanley — Os nossos negócios cresceram no Brasil e temos percebido, por meio de pesquisas, que o número de consumidores realmente aumentou, que existem mais varejistas etc. Em janeiro, devemos contratar mais colaboradores. Queremos atingir não só São Paulo e Rio, mas também as demais regiões do país. Há uma grande população fora da área metropolitana e queremos oferecer nossos produtos a eles.
O Brasil ganhará um blog PlayStation, como já acontece em outros países. O que será publicado nele?
Stanley — O blog é uma ferramenta incrível, que divulga grandes notícias sobre a divisão PlayStation em todo o mundo. Ele permite uma conversa direta com nossos consumidores. Como canal de mídia, esse espaço é muito útil para a empresa. Temos usado a ferramenta para divulgar nossos comunicados e também para compartilhar notícias que julgamos interessantes, como uma redução de preço no PlayStation 3, por exemplo. Trata-se de uma nova maneira dos nossos consumidores terem acesso à informação.
Quando o Playstation Beta, o novo console portátil da Sony, chegará ao Brasil?
Stanley — Não temos uma data específica ainda, mas como adiantado na nossa coletiva de imprensa, o aparelho estará nas lojas neste natal. Nos próximos meses, divulgaremos novas informações sobre o nosso cronograma de lançamento na América, o que inclui Canadá, Estados Unidos, América Latina e, claro, Brasil. Não temos uma data fechada, mas ela será a mesma para todo o continente americano.
A Nintendo apresentou, recentemente, oconsoleque vai suceder o Wii. A Sony tem planos de anunciar em breve um PlayStation 4?
Stanley — As empresas anunciam novos consoles quando seus aparelhos atuais se tornam obsoletos. E há uma grande diferença na Sony. Quando desenvolvemos o PlayStation 3, pensamos em um ciclo de 10 anos. Outros fabricantes chegaram a implementar novas ferramentas em seus videogames, mas nós não precisamos fazer nada disso. Claro que olhamos para o futuro. Mas, no momento, temos somente o PlayStation 3. A ideia é que os próximos jogos explorem mais toda a capacidade tecnologica que o console oferece.
Los Angeles—Entusiasmado com o mercado brasileiro, Mark Stanley, gerente de marketing da Sony para a América Latina, aposta alto no país. O executivo, que recebeu a reportagem do site da revista VEJA durante a feira E3, em Los Angeles, é otimista e confessa que, dadas as proporções da indústria local, é provável que aumente sua equipe em 2012. A grande aposta da empresa, porém, é o lançamento da PlayStation Network no Brasil, que aconteceu oficialmente na última sexta-feira.
A rede on-line, cujo objetivo é oferecer, aos usuários, jogos, filmes e programas de TV via download, pretende transformar o PlayStation 3 em central de mídia. E, para isso, revela Stanley, vale tudo, inclusive negociar com emissoras de televisão locais o direito de disponibilizar conteúdos populares, como novelas, na PSN. Confira a seguir a entrevista na íntegra:
A PlayStation Network chega, enfim, ao Brasil. O que os jogadores encontrarão lá?
Stanley — Os brasileiros encontrarão na PSN tudo o que eles precisam para explorar a experiência PlayStation. Daremos, aos jogadores, a oportunidade de fazer o download de games em casa. Essa experiência inclui, ainda, novos lançamentos e jogos de catálogo. Vamos oferecer uma quantidade mínima de títulos, mas continuaremos aumentando a nossa biblioteca. No Brasil, por exemplo, as novelas são muito populares. Estamos totalmente dispostos a oferecer esse tipo de conteúdo ao nosso público.
Faz parte da estratégia da Sony fechar acordos com canais locais de televisão para fornecer conteúdo regional?
Stanley — Exatamente. É parte de nossa estratégia fechar acordos com esses produtores. Há grandes grupos desenvolvendo diferentes materiais e estamos dispostos a oferecer para essas pessoas a oportunidade de distribuir conteúdos de uma nova maneira. Queremos facilitar o acesso ao entretenimento, seja ele games, programas de TV ou filmes.
Por que a divisão PlayStation decidiu começar uma operação no Brasil?
Stanley — A comunidade brasileira é muito importante para os nossos negócios. Quando pensamos na América Latina, o Brasil é nossa maior prioridade. Temos investido nas nossas recentes operações e estamos tentando tornar os jogos mais acessíveis. E isso inclui consoles, games e acessórios. Estamos orgulhosos de começar a prensar jogos na Zona Franca de Manaus. Isso nos permite oferecer lançamentos a um preço menor na região. O valor médio de um jogo para PlayStation 3 no país é de 249 reais, mas estamos conseguindo oferecer a 199. Continuaremos tentando baixar esse valor. Temos conversado com o governo em busca de uma redução tributária.
A Sony está conversando com o governo brasileiro em busca de uma redução de taxas?
Stanley — Isso mesmo. Em parceria com varejistas, temos mantido um diálogo com o governo, no intuito de beneficiar o consumidor. São eles que constroem a economia de um país. Vamos continuar essa conversa para, no futuro, oferecer aos brasileiros um PlayStation 3 mais barato. Sabemos que esse é um processo longo, mas nos comprometemos a não desistir.
Vocês pretendem contratar mais pessoas no Brasil?
Stanley — Os nossos negócios cresceram no Brasil e temos percebido, por meio de pesquisas, que o número de consumidores realmente aumentou, que existem mais varejistas etc. Em janeiro, devemos contratar mais colaboradores. Queremos atingir não só São Paulo e Rio, mas também as demais regiões do país. Há uma grande população fora da área metropolitana e queremos oferecer nossos produtos a eles.
O Brasil ganhará um blog PlayStation, como já acontece em outros países. O que será publicado nele?
Stanley — O blog é uma ferramenta incrível, que divulga grandes notícias sobre a divisão PlayStation em todo o mundo. Ele permite uma conversa direta com nossos consumidores. Como canal de mídia, esse espaço é muito útil para a empresa. Temos usado a ferramenta para divulgar nossos comunicados e também para compartilhar notícias que julgamos interessantes, como uma redução de preço no PlayStation 3, por exemplo. Trata-se de uma nova maneira dos nossos consumidores terem acesso à informação.
Quando o Playstation Beta, o novo console portátil da Sony, chegará ao Brasil?
Stanley — Não temos uma data específica ainda, mas como adiantado na nossa coletiva de imprensa, o aparelho estará nas lojas neste natal. Nos próximos meses, divulgaremos novas informações sobre o nosso cronograma de lançamento na América, o que inclui Canadá, Estados Unidos, América Latina e, claro, Brasil. Não temos uma data fechada, mas ela será a mesma para todo o continente americano.
A Nintendo apresentou, recentemente, oconsoleque vai suceder o Wii. A Sony tem planos de anunciar em breve um PlayStation 4?
Stanley — As empresas anunciam novos consoles quando seus aparelhos atuais se tornam obsoletos. E há uma grande diferença na Sony. Quando desenvolvemos o PlayStation 3, pensamos em um ciclo de 10 anos. Outros fabricantes chegaram a implementar novas ferramentas em seus videogames, mas nós não precisamos fazer nada disso. Claro que olhamos para o futuro. Mas, no momento, temos somente o PlayStation 3. A ideia é que os próximos jogos explorem mais toda a capacidade tecnologica que o console oferece.