Tecnologia

Smartphones representam 75% do mercado de celulares no país

No entanto, deverá haver recuo de 3% em faturamento no ano que vem, o que indicaria um amadurecimento do mercado


	Smartphone: segundo a Abinee, serão 69,590 milhões de smartphones no país em 2014
 (Facebook/Victoria Milan)

Smartphone: segundo a Abinee, serão 69,590 milhões de smartphones no país em 2014 (Facebook/Victoria Milan)

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Da Redação

Publicado em 5 de dezembro de 2014 às 16h33.

São Paulo - Com a previsão de o mercado nacional de celulares fechar 2014 com aumento de 27% no faturamento, era de se esperar um ano de 2015 ainda melhor.

No entanto, deverá haver recuo de 3% no ano que vem, o que indicaria um amadurecimento do mercado.

Conforme explica o gerente do departamento econômico da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Luiz Cezar Rochel, houve um crescimento de 27% no faturamento com handsets em 2014, mas isso porque as empresas vendem mais smartphones agora do que feature phones, que têm preços menores.

"Houve um crescimento muito grande nas vendas de smartphones em 2014, que têm valor unitário bem maior que o feature phone. Hoje, já nesse ano de 2014, 75% das vendas de celulares já são smartphones, e no ano que vem, vamos comparar preços mais ou menos iguais entre aparelhos", diz.

Ou seja, em 2015, a comparação será entre celulares inteligentes, com preços semelhantes.

De acordo com a entidade, serão 69,590 milhões de smartphones no país em 2014, sendo que 52,049 milhões (74,8%) foram smartphones e 17,541 milhões (25,2%) de celulares tradicionais.

Trata-se de um crescimento de 44% para smartphones e de queda de 46% entre os feature phones.

O diretor de telecomunicações da Abinee, Paulo Castelo Branco, explica que o mercado nacional de celulares não consegue ter força para competir com as multinacionais, sobretudo as chinesas.

"Meu sentimento é que a produção de smartphones é um negócio tão globalizado que vai ser muito difícil que a gente produza para exportar, mas é fundamental ter orientação para que a indústria do País seja competitiva lá fora. Cabe a nós, e o governo também, estabelecer condições para que a gente possa competir lá fora, com financiamento, câmbio, processos e simplicidade de impostos", diz.

Tablets

Outro mercado em expansão, dessa vez contrariando uma tendência mundial, é o de tablets.

Houve crescimento de 19% nas vendas, totalizando 9,943 milhões de unidades em 2014, ou 48,4% do mercado de computação pessoal.

No entanto, trata-se de um aumento expressivamente menor do que dos anos anteriores: em 2012, foi de 186%; e em 2013, 157%.

Comparativamente, os desktops diminuíram as vendas em 31%, enquanto os notebooks caíram 20%. Eles têm agora 19,4% e 32,1% em participação, respectivamente.

Para o diretor da área de informática da Abinee, Antonio Hugo Valério, boa parte do mercado de tablets está ligada ao consumidor final. "É pessoa física, mas boa parte delas está endividada.

Com crédito restrito e juros altos, o mercado de consumo está ruim", explica. Por isso, o usuário acaba comprando aparelhos de entrada, na faixa dos R$ 300.

"Ano que vem, o tablet vai continuar vendendo, continuará crescendo, e terão outros dispositivos, como óculos e relógios. Mas o tablet não será eterno, tem seu ciclo, daqui a pouco começa a cair e será substituído por outra coisa. Essas coisas (dispositivos) vão convergir", declara.

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