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SkyDrive, o carro voador japonês que está na mira da Toyota

O carro voador SkyDrive deve acender a pira olímpica durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio 2020 graças a investimento da Toyota

Toyota: empresa investiu no desenvolvimento do carro voador SkyDrive (Victor Moriyama/Bloomberg)

Toyota: empresa investiu no desenvolvimento do carro voador SkyDrive (Victor Moriyama/Bloomberg)

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EFE

Publicado em 20 de maio de 2017 às 18h50.

Última atualização em 6 de julho de 2018 às 11h53.

Tóquio - Quando a equipe da Cartivator concebeu seu carro voador SkyDrive em uma de suas sessões de brain storm há mais de quatro anos, nunca imaginou que um gigante como a Toyota se tornaria um de seus investidores.

Foi o que disse à Agência Efe Ryutaro Mori, chefe de planejamento de negócios do que ele define como "comunidade voluntária, e não uma companhia" de engenheiros, cujo princípio básico é "criar sonhos para as gerações futuras".

A Toyota garantiu à equipe um financiamento de 42,5 milhões de ienes (US$ 380 mil) nos próximos três anos para que atinja seu objetivo: que o SkyDrive acenda a pira olímpica durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio 2020.

"É certo que nunca teríamos imaginado exatamente isto, mas tínhamos certeza de que sempre poderíamos tornar qualquer coisa possível quando sonhássemos alto e trabalhássemos duro para alcançar nossa meta", afirmou, com entusiasmo.

O envolvimento da Toyota, segundo Mori, "representa um grande incentivo para que os jovens engenheiros sonhem grande e materializem esse sonho".

Com os fundos obtidos, que conforme disse permitirão "investir mais tempo no desenvolvimento e menos em se preocupar com os custos", a equipe pretende construir um protótipo tripulado até o final de 2018.

Os cerca de 20 engenheiros que compõem a Cartivator pertencem a várias companhias do país asiático - cujos nomes ela não divulga - e possuem perfis em setores que vão desde automoção e aviação até tecnologias da informação. Todos trabalham no SkyDrive por fora de suas horas de serviço.

Entre os modelos que buscam mostrar uma estampa futurista e nos quais trabalham grandes empresas como Airbus e independentes como a holandesa PAL-V e a eslovaca AeroMobil - cujo híbrido de carro e avião já pode ser encomendado na Europa -, o plano da Cartivator é o de fabricar o menor e mais leve veículo voador elétrico do mundo.

A equipe começou a trabalhar no projeto em setembro de 2012, depois que em uma de suas primeiras reuniões criativas alguém propôs desenvolver carros voadores. Escolheram-na por ser "a ideia mais emocionante", lembrou o chefe de planejamento.

Mais de quatro anos depois e com seu objetivo mais perto, a equipe trabalha em um carro voador de um só lugar, cuja aparência lembra a de um drone - com hélices onde deveriam estar as quatro rodas de um carro convencional - de 2,9 metros de comprimento, 1,3 de largura e 1,1 de altura.

Os sonhos dos engenheiros da Cartivator não acabam com a chama olímpica. A equipe quer entrar totalmente neste setor e quer lançar um modelo comercial de carro voador em 2025.

O grupo está ciente de que, para isso, é necessário "trabalhar de mãos dadas com as agências reguladoras".

Os engenheiros japoneses têm grandes planos para o dispositivo voador e, embora "ainda seja cedo para discutir publicamente os detalhes do primeiro modelo comercial", segundo Mori, eles gostariam de "ver gente de todo o mundo se beneficiando deste novo tipo de mobilidade".

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