Sindicato de jogadores defende uso da tecnologia
Após o erro do trio de arbitragem do jogo entre Alemanha e Inglaterra, que não validou o gol marcado pelo meia inglês Frank Lampard, apesar de a bola ter ultrapassado a linha, o sindicato internacional de jogadores (FIFPro) reivindicou hoje o uso da tecnologia para que erros parecidos sejam evitados. "É preciso que seja introduzida, […]
Da Redação
Publicado em 28 de junho de 2010 às 13h59.
Após o erro do trio de arbitragem do jogo entre Alemanha e Inglaterra, que não validou o gol marcado pelo meia inglês Frank Lampard, apesar de a bola ter ultrapassado a linha, o sindicato internacional de jogadores (FIFPro) reivindicou hoje o uso da tecnologia para que erros parecidos sejam evitados.
"É preciso que seja introduzida, o mais breve possível, a tecnologia de linha de gol e que seja testado o uso do sistema de repetição de imagens para ver se é possível aplicá-lo a outras situações de jogo", diz o sindicato em seu site.
O FIFPro afirma ainda que "está em jogo a credibilidade do esporte" e questionou "a postura inflexível da Fifa", diante da recusa da entidade de "recorrer a ajudas tecnológicas no futebol".
O sindicato lembrou também que uma enquete realizada há alguns meses na Europa os jogadores se pronunciaram "a favor da introdução da tecnologia".
"É algo factível, o mundo do futebol reivindica essa mudança e, no entanto, ainda há uma enorme resistência a introduzi-la, o que é impossível de digerir. O erro durante o jogo entre Alemanha e Inglaterra teria sido o mais fácil de evitar. Não existe um só argumento sólido contra a introdução da tecnologia na linha do gol", declarou o secretário do Comitê Técnico da FIFPro, Tijs Tummers.
Na opinião do secretário, "os casos de impedimento são mais complicados, mas o gol concedido à seleção argentina mostrou ainda melhor a quebra do sistema e que a tecnologia não serve para minar a autoridade dos árbitros, ao contrário, serve para ajudá-los".
E acrescentou: "o árbitro Roberto Rosetti (de Argentina e México) conversou por um longo tempo com o assistente e através de um microfone com o quarto árbitro. Certamente já tinham dito a ele que Tévez estava impedido, e todo o estádio já havia visto no telão. Mas como ele não poderia se basear nessas imagens, teve de validar um gol que sabia que foi irregular".