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EUA cobram respostas do Facebook sobre privacidade de dados

Senadores escreveram para Zuckerberg após o NYT reportar que fabricantes de dispositivos puderam acessar dados de amigos dos usuários do Facebook

NYT: dados de usuários da rede social foram compartilhados com pelo menos 60 fabricantes de dispositivos (Leah Millis/Reuters)

NYT: dados de usuários da rede social foram compartilhados com pelo menos 60 fabricantes de dispositivos (Leah Millis/Reuters)

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Reuters

Publicado em 5 de junho de 2018 às 14h21.

Última atualização em 5 de junho de 2018 às 14h22.

Washington - O líder republicano do Comitê de Comércio do Senado dos Estados Unidos e o principal democrata no painel demandaram nesta terça-feira que o presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, responda uma reportagem que afirma que dados de usuários da rede social foram compartilhados com pelo menos 60 fabricantes de dispositivos.

Os senadores John Thune, republicano, e Bill Nelson, democrata, escreveram para Zuckerberg após o New York Times reportar que fabricantes de dispositivos puderam acessar dados de amigos dos usuários do Facebook mesmo se eles negassem permissão para compartilhar seus dados com terceiros.

A carta pergunta se o Facebook fez auditoria nas parcerias com fabricantes de dispositivos no âmbito de um pedido de consentimento de 2011 com a Comissão Federal de Comércio. O documento também questiona se Zuckerberg quer revisar seu depoimento perante o Senado dos EUA, ocorrido em abril.

O Facebook disse que aguarda para responder quaisquer perguntas que o Comitê de Comércio tenha.

A companhia ainda não respondeu centenas de perguntas por escrito submetidas por membros do Congresso após o depoimento de Zuckerberg em abril, segundo equipe do Congresso.

A Comissão Federal de Comércio confirmou em março que estava investigando as práticas de privacidade do Facebook.

Segundo o jornal, o Facebook permitiu que Apple e outras empresas tivessem acesso "profundo" a dados pessoais dos usuários sem permissão deles. A publicação disse que o Facebook permitiu às empresas acesso a dados de amigos de usuários sem consentimento explícito, mesmo após declarar que não compartilharia mais informações com terceiros.

Reguladores e autoridades em diversos países aumentaram a fiscalização sobre o Facebook após dados de 87 milhões de usuários da rede social terem sido usados pela empresa de consultoria política Cambridge Analytica, que entrou em falência após o escândalo.

Na véspera, dois senadores democratas, Edward Markey e Richard Blumenthal, também escreveram para Zuckerberg.

"Novas revelações de que Facebook forneceu acesso a informações pessoais de usuários, incluindo religião, preferências políticas e estado civil para dezenas de produtores de aparelhos móveis sem o consentimento explícito dos usuários são muito preocupantes", disseram os senadores na carta.

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