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Sarkozy quer reunir G20 para tratar de direitos autorais na internet

Presidente francês deseja um avanço conjunto na questão entre os países desenvolvidos

Sarkozy, presidente francês, quer assegurar direito da propriedade na internet (Eric Feferberg/AFP)

Sarkozy, presidente francês, quer assegurar direito da propriedade na internet (Eric Feferberg/AFP)

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Da Redação

Publicado em 19 de janeiro de 2011 às 13h06.

Paris - O presidente francês, Nicolas Sarkozy, anunciou nesta quarta-feira sua intenção de convocar uma reunião do Grupo dos Vinte (G20, que agrega os países ricos e os principais emergentes), cuja Presidência atualmente é de responsabilidade da França, para discutir sobre propriedade intelectual na internet.

"Desejo (...) que antes do (encontro do) G20 em Cannes (em novembro) haja uma cúpula sobre a questão dos direitos autorais, porque tentamos avançar juntos. Não uns contra os outros, mas uns com os outros", declarou o presidente francês em discurso proferido a representantes de instituições culturais e educacionais.

Sarkozy já havia anunciado sua intenção de reunir "os grandes agentes da sociedade virtual" dos países do G8 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão, Reino Unido e Rússia), às vésperas do encontro do grupo em Deauville, no noroeste da França, nos próximos dias 26 e 27 de maio.

"Vamos discutir uma questão central, a da internet civilizada", afirmou o chefe do Estado francês, que frisou que não busca a web "regulada", mas "civilizada".

Segundo o presidente francês, não se pode "consumir como nunca imagens, música, autores, criação e não assegurar o cumprimento do direito da propriedade daquele que pôs toda sua emoção, seu talento e toda sua criatividade" na realização dessas obras.

"É um tema que é muito mais importante do que a simples questão econômica, porque o dia em que não se remunerar mais a criação, ela será morta", assegurou.

Sarkozy também se referiu à polêmica lei Hadopi, criada para lutar contra a pirataria na França, e assinalou que houve "muitos mal-entendidos" sobre o assunto, que classificou como "extremamente difícil".

Segundo a legislação atual, o descumprimento sistemático da lei por meio de downloads ilegais representará o corte temporário da conexão do titular, caso seja decidido pelos tribunais.

O internauta, que deverá continuar pagando pela conexão mesmo que não possa utilizá-la, poderá ainda ser multado em até 1.500 euros.

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