Tecnologia

Samsung abre 1º centro aos desenvolvedores de apps no Brasil

Empresa pretende atrair estudantes, desenvolvedores e “interessados” com a capacitação para as plataformas móveis e de TV da fabricante


	Painel da Samsung: companhia não abre números, mas afirma que 6% de suas receitas anuais globais são destinados à pesquisa e desenvolvimento
 (Daniela Barbosa/EXAME.com)

Painel da Samsung: companhia não abre números, mas afirma que 6% de suas receitas anuais globais são destinados à pesquisa e desenvolvimento (Daniela Barbosa/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de abril de 2014 às 18h36.

A Samsung apresentou nesta terça-feira, 29, em São Paulo, seu primeiro centro de treinamento para desenvolvedores fora da Coreia do Sul, o Ocean Brasil.

Com a unidade ocupando um andar inteiro de 500 m² em um prédio empresarial na Av. Faria Lima, a empresa pretende atrair estudantes, desenvolvedores e “interessados” com a capacitação para as plataformas móveis e de TV da fabricante.

De acordo com o vice-presidente de assuntos institucionais da Samsung para a América Latina, Mário Laffitte, o projeto Ocean terá uma segunda unidade brasileira em Manaus no segundo semestre, que deverá ter os mesmos recursos do centro na capital paulista.

A companhia não abre números, mas afirma que 6% de suas receitas anuais globais (equivalente a US$ 13,6 bilhões) são destinados à pesquisa e desenvolvimento.

“Os investimentos brasileiros são distribuídos em dois grandes centros de pesquisa, um em Campinas e outro em Manaus, e temos um contigente de mil pessoas diretas e uma série de parceiros, o que dá mais de 1.500 funcionários trabalhando full time”, explica Laffitte.

Os treinamentos serão realizados por professores da própria Samsung, com cursos gratuitos para independentes e universitários, com carga horária de cerca de 4 horas; e intensivo para alunos pré-selecionados (com critério ainda não divulgado), com carga de até 200 horas.

O curso envolve desenvolvimento de aplicativos para Android e, na versão intensiva, conta ainda com as plataformas Tizen (sistema operacional da própria fabricante) e para smartTVs da marca.

Além de produzir aplicativos para essas TVs, a empresa explica que nessa área serão desenvolvidos apps também para experiências de segunda tela ou de multitela.

Segundo o diretor de media solution center (MSC) da Samsung para a América Latina, Fábio Croitor, a ideia não é promover o desenvolvimento apenas para Android.

“TV sem dúvida é a nossa próxima fronteira a ser quebrada, e vem ganhando cada vez mais espaço”, explica. Para o sistema operacional Tizen, o foco será mais forte a partir do segundo semestre.

O executivo diz que isso não significa que haverá smartphones com a plataforma disponível no país, mas é importante lembrar que o sistema é utilizado também em relógios conectados da Samsung, como o Galaxy Gear.

“No Brasil ainda não terá (celulares com Tizen), mas haverá desenvolvimento”, diz. Outra plataforma futura será para eventuais soluções de Internet das Coisas. “O Ocean não se limita a smartphone ou tablet, ele estará aberto a tudo que demanda conteúdo.”

Para o projeto, a Samsung tem parceiras com as universidades Mackenzie, USP, Anhanguera, Unesp e Universidade do Estado do Amazonas (UEA), além de empresas como Global Coat para palestras técnicas e Baita, para empreendedorismo.

“É um andar inteiro na Faria Lima, de fácil acesso aos estudantes (pela proximidade com metrô), então esperamos ter 4 mil pessoas passando por aqui em 2014”, declara Croitor. “A gente não quer dar aula de faculdade, queremos ser algo mais com uma pitada prática”, diz.

Interessados no programa Ocean podem se inscrever pelo website http://www.oceanbrasil.com. A Samsung anunciou ainda que trará ao Brasil pela primeira vez o evento Samsung Developer Day. O evento global será realizado em São Paulo em uma data ainda não definida até o final deste primeiro semestre.

Acompanhe tudo sobre:AppsEmpresasEmpresas coreanasempresas-de-tecnologiaIndústria eletroeletrônicaPesquisa e desenvolvimentoSamsungTela VivaTelevisãoTV

Mais de Tecnologia

Como a greve da Amazon nos EUA pode atrasar entregas de Natal

Como o Google Maps ajudou a solucionar um crime

China avança em logística com o AR-500, helicóptero não tripulado

Apple promete investimento de US$ 1 bilhão para colocar fim à crise com Indonésia