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Rússia entra com ação judicial para bloquear aplicativo Telegram

Medida foi tomada após a companhia ter se recusado a dar ao serviço secreto russo acesso a mensagens secretas de usuários

Telegram: Rússia informou nesta sexta-feira que entrou com uma ação judicial para limitar o acesso ao aplicativo de mensagens Telegram (Dado Ruvic/Reuters)

Telegram: Rússia informou nesta sexta-feira que entrou com uma ação judicial para limitar o acesso ao aplicativo de mensagens Telegram (Dado Ruvic/Reuters)

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Reuters

Publicado em 6 de abril de 2018 às 14h30.

Última atualização em 30 de agosto de 2019 às 18h23.

Moscou - O órgão estatal supervisor das comunicações na Rússia informou nesta sexta-feira que entrou com uma ação judicial para limitar o acesso ao aplicativo de mensagens Telegram, após a companhia ter se recusado a dar ao serviço secreto russo acesso a mensagens secretas de usuários.

Classificado como o nono aplicativo de mensagens mais popular do mundo, o Telegram é amplamente em usados em países da ex-União Soviética e Oriente Médio. O número de usuários ativos do aplicativo chegou a 200 milhões em março.

Como parte dos seus serviços, o Telegram permite que usuários se comuniquem via mensagens criptografadas que não podem ser lidas por terceiros, incluindo autoridades governamentais.

Mas o serviço de segurança federal FSB da Rússia disse que precisa acesso a algumas mensagens para o seu trabalho, incluindo a proteção contra ataques terroristas. O Telegram se recusou a cumprir as demandas, citando respeito pela privacidade do usuário.

O Roskomnadzor, órgão que supervisiona as comunicações na Rússia, disse que entrou com a ação judicial na corte de Moscou nesta sexta-feira "com um pedido para restringir o acesso no território da Rússia aos recursos de informação do... Telegram Messenger Limited Liability Partnership".

O órgão ainda informou que o processo está relacionado às declarações do FSB de que o Telegram não está cumprindo com suas obrigações legais como um "organizador da distribuição de informação".

Um porta-voz do Telegram não respondeu imediatamente ao pedido de comentário.

O fundador e presidente-executivo do Telegram, Pavel Durov, disse em seu Twitter em março: "Ameaças de bloquear o Telegram a menos que ceda dados privados de seus usuários não surtirão efeito. O Telegram defenderá a liberdade e privacidade".

A decisão da corte russa será observada de perto por investidores, num momento em que o Telegram realiza a maior oferta inicial de tokens que poderão ser negociados como uma moeda alternativa, como Bitcoin e Ethereum.

A companhia até agora levantou 1,7 bilhão de dólares em pré-vendas por meio da oferta, de acordo com notícias veiculadas na mídia.

A empresa até agora já levantou 1,7 bilhão dólares em pré-vendas através da oferta, de acordo com relatos da mídia.

 

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