Reino Unido bloqueia fusão entre Microsoft e gigante americana de videogames
A compra criaria a terceira maior empresa de jogos em volume de negócios, depois da chinesa Tencent e da japonesa Sony
Agência de notícias
Publicado em 26 de abril de 2023 às 10h54.
A agência reguladora britânica bloqueou nesta quarta-feira (26) a compra pela Microsoft da gigante americana de videogames Activision Blizzard, argumentando que isso afetaria a concorrência no setor de jogos online.
A Autoridade de Concorrência e Mercados do Reino Unido (CMA) "impediu a compra da Activision por temer que o acordo atrapalhasse o futuro do mercado de jogos online em rápido crescimento, levando a menos inovação e menos opções para os jogadores", disse em um comunicado.
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A Microsoft, que comercializa o console de videogame Xbox, anunciou que vai recorrer da decisão, em nota transmitida à AFP.
A compra, por 69 bilhões de dólares (349 bilhões de reais no câmbio atual), ainda precisa ser aprovada por agências reguladoras da Europa e dos Estados Unidos.
Gigante dos jogos
A compra da Activision Blizzard pela Microsoft, desenvolvedora de jogos de sucesso como 'Call of Duty' e 'Candy Crush',criaria a terceira maior empresa de jogos em volume de negócios, depois da chinesa Tencent e da japonesa Sony.
A CMA considerou no final de março que a operação não implicaria problemas de concorrência para os videogames, mas admitiu que persistiam os receios em relação aos jogos online.
"A Microsoft dialogou de forma construtiva conosco para tentar resolver esses problemas (...) mas suas propostas não foram suficientes", disse Martin Coleman, presidente do grupo de especialistas independentes encarregado da investigação da CMA.
"Os jogos na nuvem [jogos online] precisam de um mercado livre e de concorrência para estimular a inovação e a escolha [dos consumidores]. A melhor forma de conseguir isso é permitir que a atual dinâmica de concorrência" no setor continue, acrescentou, citado no comunicado.
Na declaração transmitida à AFP, a Microsoft disse estar "particularmente decepcionada" e considerou que a decisão parece "refletir uma má compreensão deste mercado e do próprio funcionamento da tecnologia na nuvem".