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Reino Unido abre centro de proteção contra ataques cibernéticos

O chamado Centro Nacional de Segurança Cibernética (NCSC) foi lançado com um aporte financeiro de 1,9 bilhão de libras

Tecnologia: o Reino Unido enfrenta cada vez mais este tipo de ataque (Stock.Xchange/Reprodução)

Tecnologia: o Reino Unido enfrenta cada vez mais este tipo de ataque (Stock.Xchange/Reprodução)

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EFE

Publicado em 14 de fevereiro de 2017 às 13h14.

Londres - A rainha Elizabeth II inaugurou nesta terça-feira em Londres um novo centro dedicado a proteger o país dos ataques cibernéticos, em resposta ao forte aumento destes incidentes - aproximadamente 60 ao mês.

O chamado Centro Nacional de Segurança Cibernética (NCSC) é uma iniciativa que faz parte da agência de inteligência GCHQ, famosa por seus trabalhos de escutas.

De acordo com o novo centro, que começou a operar no ano passado, mas que foi inaugurado formalmente hoje, o Reino Unido enfrenta cada vez mais este tipo de ataques, já que nos últimos três meses foram registrados um total de 188.

"Os ataques cibernéticos estão aumentando em seu nível de frequência, sua gravidade e sofisticação", disse no NCSC o ministro da Economia, Philip Hammond.

"O centro trabalhará estreitamente com o setor empresarial, acrescentou Hammond, ao lembrar que 65% das grandes companhias denunciaram algum tipo de ataque cibernético no último ano.

O ministro indicou que nove em cada dez empresas não dispõem de um plano para controlar tais incidentes, apesar de a ameaça estar "aumentando e se intensificando".

Os ataques cibernéticos foram tema de discussão nas eleições presidenciais dos Estados Unidos em novembro do ano passado, quando foi denunciada a interferência da Rússia durante a campanha eleitoral.

O governo britânico lançou o NCSC com um aporte financeiro de 1,9 bilhão de libras.

O centro ajudará a "proteger nossos importantes serviços, liderar a resposta aos incidentes mais sérios e melhorar a segurança da internet através de uma melhora tecnológica e assessorando os cidadãos e as organizações", declarou nesta terça-feira o diretor do NCSC, Ciaran Martin.

Sobre a atividade russa, Martin declarou à "BBC" que "houve uma mudança importante na atitude da Rússia quanto aos ataques cibernéticos e seu desejo de levá-los adiante, e claramente temos que estar preparados para lidar com isso".

Martin acrescentou que a Rússia parece se concentrar em indústrias nacionais e em processos políticos e democráticos.

França e Alemanha advertiram sobre a possibilidade de uma interferência em suas eleições deste ano.

O Reino Unido conta com uma economia altamente digitalizada, um setor que no ano passado estava avaliado em 118 bilhões de libras.

Além de assessorar empresas, o NCSC também dará apoio aos deputados a fim de que possam proteger dados sensíveis.

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