Exame IN

Rede social de recomendação de músicas entre pessoas recebe R$ 500 mil

A rodada recebida pela Musii é liderada pelo BR Angels; startup almeja atingir 4,5 milhões de usuários em 2023

Arthur Baccam e Hid Miguel: executivos do Musii querem tornar a rede social musical rentável após receber investimento do BR Angels (Musii/Divulgação)

Arthur Baccam e Hid Miguel: executivos do Musii querem tornar a rede social musical rentável após receber investimento do BR Angels (Musii/Divulgação)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 15 de julho de 2021 às 09h30.

Última atualização em 15 de julho de 2021 às 11h35.

Você já quis se conectar a pessoas que gostam das mesmas músicas que você? Essa é a proposta da rede social Musii, que acaba de receber um aporte de 500 mil reais da associação BR Angels. A startup tem três meses de vida e já conta com mais de 6 mil usuários e 600 mil interações em seu aplicativo, disponível para smartphones Android e iPhones.

A Musii prevê que irá terminar o ano com 300 mil usuários no Brasil e já planeja uma internacionalização a partir de 2022. Para 2023, a meta é mais ousada: chegar a 4,5 milhões de usuários.

Apesar de remeter ao finado MySpace, uma das primeiras grandes plataformas digitais, a rede social busca executar uma estratégia mais adequada aos dias atuais.

Hoje, a Musii permite compartilhar trechos de músicas junto com textos, como em um blog. Os usuários podem interagir curtindo e comentando as publicações, assim como acontece em outras redes sociais. Mas a startup tem nos planos rentabilizar a sua rede social com a venda de artigos de bandas independentes, por uma assinatura para ouvir músicas inteiras e por um serviço de descoberta de “identidade musical” para empresas.

O modelo de reprodução de músicas dentro da rede social é chamado de “social streaming” e a startup busca parcerias para a oferta de assinaturas. Nessa proposta, em vez de algoritmos, são pessoas que sugerem umas para as outras o que ouvir.

“Hoje, 99% das músicas ouvidas no Spotify, por exemplo, vêm de apenas 10% dos artistas cadastrados na plataforma. O algoritmo do Musii valoriza o artista independente e nós acreditamos que a rede social irá democratizar o mercado da música e inverter essa métrica, fazendo com que mais artistas sejam ouvidos no mundo inteiro”, afirma Arthur Baccam, cofundador da Musii.

Além do aporte, o BR Angels também oferecerá ao Musii mentorias com os mais de 150 executivos de grandes empresas associados ao grupo. “A música e a arte, de forma geral, se mostraram fundamentais durante o momento histórico de tantas restrições que estamos vivendo, então iniciativas dentro desse universo são bem-vindas e estão em alta”, diz Orlando Cintra, fundador e CEO do BR Angels, que se interessou pela Musii devido ao potencial de crescimento da companhia.

  • Não perca as últimas tendências do mercado de tecnologia. Assine a EXAME
Acompanhe tudo sobre:Associação Brasileira de StartupsInvestimentos de empresas

Mais de Exame IN

Mais Porto, menos Seguro: Diversificação leva companhia a novo patamar na bolsa

Vale a pena comprar celular na Black Friday?

A densidade de talentos define uma empresa de sucesso; as lições da VP da Sequoia Capital

Na Finlândia, o medo da guerra criou um cenário prospero para startups de defesa