Rede de TV visita fábrica da Foxconn na China
Reportagem foi motivada por denúncias de maus-tratos e registros de suicídios
Da Redação
Publicado em 22 de fevereiro de 2012 às 16h51.
A rede de TV americana ABC colocou no ar, na noite desta terça-feira, reportagem em que o repórter Will Weir visitou a fabrica da empresa taiwanesa Foxconn em Shenzhen, na China, onde são produzidos iPhones e iPads, da Apple (assista a trecho). A equipe foi a primeira a ter acesso ao local desde que surgiram denúncias de maus-tratos a funcionários da fábrica e registros de suicídio e ameaça de suicídio coletivo entre os operários.
A reportagem circulou pelas linhas de montagem de aparelhos da Apple e visitou dormitórios, refeitórios e áreas de lazer dos funcionários da Foxconn. O jornalista afirmou que o processo de fabricação de iPhones e iPads é bem menos automatizado do que se supõe: os gadgets são montados à mão.
Um iPad leva cinco dias para ser feito e passa pelas mãos de 325 pessoas. A cada hora, a linha de montagem é capaz de fabricar o acabamento de alumínio de 10.000 aparelhos. Os chineses que trabalham na fábrica são jovens. Diversos deles deixaram pequenas vilas no interior da China para trabalhar nas fábricas da Foxconn em troca de uma remuneração de 2 dólares (3,40 reais) por hora.
A jornada de trabalho é de 12 horas, incluindo dois intervalos para refeições de uma hora cada. Nessas ocasiões, os funcionários deixam seu posto de trabalho e se dirigem a um refeitório gigante, onde o prato de comida custa 0,70 dólar (1,20 real). Depois de comer rapidamente, eles voltam a seus lugares na linha de montagem para cochilar antes que o intervalo termine.
Os dormitórios, pequenos e com beliches, são divididos por oito trabalhadores. O aluguel custa 17,80 dólares (30 reais). Dentro da fábrica, os funcionários têm acesso a lan house, campo de futebol e aulas de inglês.
No dia em que a ABC Weir visitou o centro de recrutamento da empresa, encontrou 3.000 jovens em busca de emprego. A demanda por iPhones e outros aparelhos é tão grande que, naquele dia, a Foxconn contratou 80% dos aspirantes que possuíam identidades autências – os portadores de identidades falsas são rejeitados. Alguns já aparecem no centro de recrutamento com malas, prontos para se mudar para o dormitório da fábrica.
Assista a seguir a trecho da reportagem da rede ABC. Atenção, o vídeo pode não rodar em tablets iPad:
http://cdnapi.kaltura.com/index.php/kwidget/wid/0_pzt7wd9a/uiconf_id/5590821
A rede de TV americana ABC colocou no ar, na noite desta terça-feira, reportagem em que o repórter Will Weir visitou a fabrica da empresa taiwanesa Foxconn em Shenzhen, na China, onde são produzidos iPhones e iPads, da Apple (assista a trecho). A equipe foi a primeira a ter acesso ao local desde que surgiram denúncias de maus-tratos a funcionários da fábrica e registros de suicídio e ameaça de suicídio coletivo entre os operários.
A reportagem circulou pelas linhas de montagem de aparelhos da Apple e visitou dormitórios, refeitórios e áreas de lazer dos funcionários da Foxconn. O jornalista afirmou que o processo de fabricação de iPhones e iPads é bem menos automatizado do que se supõe: os gadgets são montados à mão.
Um iPad leva cinco dias para ser feito e passa pelas mãos de 325 pessoas. A cada hora, a linha de montagem é capaz de fabricar o acabamento de alumínio de 10.000 aparelhos. Os chineses que trabalham na fábrica são jovens. Diversos deles deixaram pequenas vilas no interior da China para trabalhar nas fábricas da Foxconn em troca de uma remuneração de 2 dólares (3,40 reais) por hora.
A jornada de trabalho é de 12 horas, incluindo dois intervalos para refeições de uma hora cada. Nessas ocasiões, os funcionários deixam seu posto de trabalho e se dirigem a um refeitório gigante, onde o prato de comida custa 0,70 dólar (1,20 real). Depois de comer rapidamente, eles voltam a seus lugares na linha de montagem para cochilar antes que o intervalo termine.
Os dormitórios, pequenos e com beliches, são divididos por oito trabalhadores. O aluguel custa 17,80 dólares (30 reais). Dentro da fábrica, os funcionários têm acesso a lan house, campo de futebol e aulas de inglês.
No dia em que a ABC Weir visitou o centro de recrutamento da empresa, encontrou 3.000 jovens em busca de emprego. A demanda por iPhones e outros aparelhos é tão grande que, naquele dia, a Foxconn contratou 80% dos aspirantes que possuíam identidades autências – os portadores de identidades falsas são rejeitados. Alguns já aparecem no centro de recrutamento com malas, prontos para se mudar para o dormitório da fábrica.
Assista a seguir a trecho da reportagem da rede ABC. Atenção, o vídeo pode não rodar em tablets iPad:
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