Tecnologia

Rede de restaurantes japonesa produzirá arroz em Fukushima

Yoshinoya diz que cultivará arroz e verduras em Fukushima para apoiar esta cidade vítima de um tsunami e de um acidente nuclear

restaurante (©afp.com / Kazuhiro Nogi)

restaurante (©afp.com / Kazuhiro Nogi)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de outubro de 2013 às 08h00.

Tóquio - A rede de restaurantes japonesa Yoshinoya, especializada em pratos de arroz com carne, anunciou nesta terça-feira que cultivará arroz e verduras em Fukushima para apoiar esta cidade vítima de um tsunami e de um acidente nuclear.

Desafiando o medo da radioatividade, a Yoshinoya criou a exploração agrícola "Yoshinoya Farm Fukushima", na região de Shirakawa, a 80 km da central danificada pelo terremoto e tsunami de março de 2011.

Esta rede de restaurantes de fast-food, frequentada sobretudo por homens, disse ter considerado por um tempo produzir seus próprios ingredientes para garantir o abastecimento da matéria-prima, a gestão dos custos e a segurança de seus clientes.

"Ao receber o apoio da cidade de Fukushima, pudemos nos associar a agricultores locais para criar esta exploração", explicou o grupo Yoshinoya Holdings em um comunicado.

A cidade de Fukushima havia sido tradicionalmente uma importante região agrícola do Japão, mas após o desastre nuclear provocado pelo tsunami de 11 de março de 2011 atualmente conta com a maior proporção de terras em pousio.

A Yoshinoya prevê explorar até 13 hectares até 2017-2018 (começando com 4,3 hectares) para produzir, além de arroz, quase todos os ingredientes necessários para seu principal prato, o "gyudon" (uma tigela de arroz coberta com carne bovina), como cebolas, repolho e alho poró.

Também construirá uma usina para processar os alimentos utilizados nos restaurantes da rede Yoshinoya de todo o país.

"É claro, vamos controlar a radioatividade dos produtos e só utilizaremos aqueles cujo nível for inferior ao limite legal fixado pelas autoridades", disse à AFP Yasunori Yoshimura, um porta-voz da Yoshinoya.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaFukushimaINFOJapãoPaíses ricos

Mais de Tecnologia

Google cortou 10% dos cargos executivos ao longo dos anos, diz site

Xerox compra fabricante de impressoras Lexmark por US$ 1,5 bilhão

Telegram agora é lucrativo, diz CEO Pavel Durov

O futuro dos jogos: Geração Z domina esportes eletrônicos com smartphones e prêmios milionários