Quanto mais espinhas você tem hoje, menos rugas terá amanhã
Espinhas, cravos, oleosidade são um verdadeiro inferno, mas quem sente isso na pele colhe frutos no futuro
Da Redação
Publicado em 11 de outubro de 2016 às 17h33.
Espinhas, cravos, oleosidade - acne é um verdadeiro inferno. Mas quem sente isso na pele colhe frutos no futuro: um estudo genético do King's College de Londres mostrou que pessoas que sofrem de acne na juventude tendem a ter menos rugas enquanto envelhecem.
O segredo é uma estrutura cromossômica chamada telômero, uma espécie de capa que serve para proteger a pontinha dos cromossomos (pense neles como aqueles plastiquinhos cilíndricos que ficam no fim do cadarço de tênis).
Os cientistas perceberam que, quanto mais longa essa capinha, mais acne você tem - e menos rugas ela desenvolve na velhice.
Isso porque os telômeros protegem os cromossomos durante a reprodução celular, um processo que é justamente o que faz a célula envelhecer ao longo da vida: a cada vez que a célula se divide, o telômero fica mais curto, como um lápis sendo apontado.
Quando essa capinha do cromossomo é gasta por completo, a célula não consegue mais se replicar. Aí, ou ela morre, ou fica inativa - é por isso que esse processo está relacionado não só à velhice, como também ao câncer .
E essa é uma boa explicação de por que fumar faz mal, por exemplo: o cigarro acelera o processo de encurtamento do telômero, o que faz envelhecer mais rápido, além de facilitar cânceres.
Para chegar a essa conclusão, os cientistas do King's College mediram o comprimento dos telômeros dos glóbulos brancos de 1.205 irmãs gêmeas, todas mulheres - 25% delas sofriam de acne.
Em geral, as mulheres que tinham espinhas tinham telômeros muito maiores do que as de pele lisinha: 7,17 kilobases (ou kb, a unidade usada para esse tipo de medição) contra 6,92 kb - mesmo com fatores como idade, peso e altura levados em consideração. Ou seja, quem sofre de acne realmente tem telômeros mais compridos.
Depois disso, os cientistas começaram a procurar o gene que controla a acne. E encontraram só um, o ZNF420 - que, coincidentemente, também controla o envelhecimento das células (ou o gasto de telômeros).
A conclusão foi simples: se quem tem acne tem telômeros maiores, e se o ZNF420 controla tanto o gasto de telômeros quanto as espinhas, logo, telômeros que demoram mais para desaparecer significam mais acne e menos rugas. Ufa.
Por enquanto, os pesquisadores ainda não conseguiram descobrir a causa biológica dessa relação entre o ZNF420 e a acne - mas deu para provar com folga que ela existe. Então, se você sofre com as temidas espinhas, fique tranquilo: daqui a alguns anos, é você quem vai estar rindo por último.
Espinhas, cravos, oleosidade - acne é um verdadeiro inferno. Mas quem sente isso na pele colhe frutos no futuro: um estudo genético do King's College de Londres mostrou que pessoas que sofrem de acne na juventude tendem a ter menos rugas enquanto envelhecem.
O segredo é uma estrutura cromossômica chamada telômero, uma espécie de capa que serve para proteger a pontinha dos cromossomos (pense neles como aqueles plastiquinhos cilíndricos que ficam no fim do cadarço de tênis).
Os cientistas perceberam que, quanto mais longa essa capinha, mais acne você tem - e menos rugas ela desenvolve na velhice.
Isso porque os telômeros protegem os cromossomos durante a reprodução celular, um processo que é justamente o que faz a célula envelhecer ao longo da vida: a cada vez que a célula se divide, o telômero fica mais curto, como um lápis sendo apontado.
Quando essa capinha do cromossomo é gasta por completo, a célula não consegue mais se replicar. Aí, ou ela morre, ou fica inativa - é por isso que esse processo está relacionado não só à velhice, como também ao câncer .
E essa é uma boa explicação de por que fumar faz mal, por exemplo: o cigarro acelera o processo de encurtamento do telômero, o que faz envelhecer mais rápido, além de facilitar cânceres.
Para chegar a essa conclusão, os cientistas do King's College mediram o comprimento dos telômeros dos glóbulos brancos de 1.205 irmãs gêmeas, todas mulheres - 25% delas sofriam de acne.
Em geral, as mulheres que tinham espinhas tinham telômeros muito maiores do que as de pele lisinha: 7,17 kilobases (ou kb, a unidade usada para esse tipo de medição) contra 6,92 kb - mesmo com fatores como idade, peso e altura levados em consideração. Ou seja, quem sofre de acne realmente tem telômeros mais compridos.
Depois disso, os cientistas começaram a procurar o gene que controla a acne. E encontraram só um, o ZNF420 - que, coincidentemente, também controla o envelhecimento das células (ou o gasto de telômeros).
A conclusão foi simples: se quem tem acne tem telômeros maiores, e se o ZNF420 controla tanto o gasto de telômeros quanto as espinhas, logo, telômeros que demoram mais para desaparecer significam mais acne e menos rugas. Ufa.
Por enquanto, os pesquisadores ainda não conseguiram descobrir a causa biológica dessa relação entre o ZNF420 e a acne - mas deu para provar com folga que ela existe. Então, se você sofre com as temidas espinhas, fique tranquilo: daqui a alguns anos, é você quem vai estar rindo por último.