pratodecomida (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 3 de junho de 2015 às 10h16.
Já se perguntou alguma vez quantas calorias há naquele prato de comida que alguém publicou no Instagram? Você pode até ser que não, mas alguém no Google aparentemente teve essa dúvida e um novo projeto da empresa, apresentado na última semana durante o Rework Deep Learning Summit, pode respondê-la apelando para a inteligência artificial.
O nome da ferramenta é Im2Calories, e quem a mostrou durante o encontro para especialistas na área de IA foi o cientista Kevin Murphy. De forma resumida, a aplicação utiliza algoritmos de deep learning [ou aprendizado profundo, em tradução livre] para analisar uma foto de comida e estimar quantas calorias há no prato, de acordo com uma reportagem da Popular Science. A imagem não precisa nem ser de alta qualidade, e mesmo uma do Instagram funciona.
De acordo com o texto, o sistema é capaz de identificar os elementos de uma refeição dois ovos, duas panquecas e três fatias de bacon em um exemplo , medi-los de acordo com as proporções do prato e ainda considerar os condimentos. Com isso, ele calcula as calorias (possivelmente com base em alguma tabela, como as da Food and Drugs Association dos EUA) e pode facilitar a vida de usuários que estão seguindo uma dieta, por exemplo. E este é justamente uma dos objetivos de Murphy com a ferramenta, cuja tecnologia também pode ser útil para nutricionistas e outros especialistas da área de saúde.
O Im2Calories, porém, está longe de funcionar perfeitamente, como o próprio cientista deixou claro durante a apresentação. Mas isso não é exatamente um problema, porque a ideia é justamente fazer com que ele aprenda conforme mais dados são fornecidos a ele. Os usuários podem corrigir a aplicação caso ela confunda algum alimento, e quanto mais pessoas fizerem isso, mais a capacidade de análise será aprimorada.
Parece arriscado, visto que aplicações que seguem esse método de crowdsourcing demoram a engrenar isso quando conseguem. Mas Murphy acredita que se a ferramenta funcionar bem em 30% das vezes, usuários começarão a adotá-la e a tecnologia poderá evoluir cada vez mais. O cientista, porém, não deu detalhes sobre disponibilidade e data de lançamento.