Proibição de CFCs diminuiu aquecimento global, diz estudo
Estudo aponta que a proibição do uso de CFCs ajudou a desacelerar o aquecimento global
Da Redação
Publicado em 12 de novembro de 2013 às 07h50.
Uma equipe de cientistas sugeriu em um novo artigo que a proibição do uso de gases que destroem a camada de ozônio pode ter impactado o clima do planeta. As informações são da BBC.
O composto químico clorofluorocarboneto (CFC) já foi muito usado em vários produtos, como sprays e refrigeradores. Até que especialistas descobriram que a substância liberava gases que ajudaram a aumentar o buraco na camada de ozônio sobre a Antártica e a potencializar o efeito estufa.
Algum tempo após a proibição dos CFCs, a revista "Nature Geoscience" publicou um artigo que liga a proibição do uso dos CFCs a uma desaceleração no aumento das temperaturas desde a década de 1998. O estudo foi feito por cientistas da Universidade Nacional Autonôma do México e do Instituto para Estudos Ambientais da Universidade de Vrije, em Amsterdã, Holanda.
Esse hiato no aumento das temperaturas globais tem gerado debates intensos entre cientistas. Os pesquisadores analisaram a relação entre o aumento das temperaturas e as taxas de concentração de gases de efeito estufa na atmosfera entre 1880 e 2010. Concluíram que a desaceleração pode ter acontecido pelas tentativas de proteger a camada de ozônio.
Segundo o artigo, as mudanças nos níveis de aquecimento podem ser atribuídas a ações humanas que afetaram as concentrações de gases de efeito estufa. Os cientistas também dizem que o Protocolo de Montreal (assinado em 1987 por 46 países) impactou nas temperaturas do planeta porque eliminou gradualmente o uso dos CFCs.
Os cientistas acreditam que uso de CFCs danificava a camada de ozônio e impactava no aquecimento global porque os gases são 10 mil vezes mais poderosos do que o dióxido de carbono (CO2) e podem durar até cem anos na atmosfera terrestre. A proibição desses compostos foi um fator crítico na desaceleração do aquecimento, segundo os pesquisadores.