Prodam quer criar mil km de rede de fibra para São Paulo
Companhia tem um projeto ambicioso para ampliação da rede própria da cidade dos atuais 80 km para cerca de 1.000 km
Da Redação
Publicado em 28 de junho de 2013 às 14h32.
São Paulo - A Prodam, empresa de tecnologia da informação do município de São Paulo, tem um projeto ambicioso sendo gestado: a ampliação da rede de fibra ótica própria da cidade dos atuais 80 km para cerca de 1.000 km. Trata-se da infraestrutura municipal, obviamente, já que São Paulo tem milhares de km de fibras privadas. Hoje a prefeitura contrata capacidade e serviços de empresas comerciais para a maior parte dos serviços que requerem conectividade.
O projeto de ampliar a rede própria do município nasceu da necessidade de resolver o sistema de gerenciamento dos semáforos da cidade. Hoje, são milhares de equipamentos que estão sendo gerenciados por três sistemas diferentes, que não se conversam nem estão na mesma rede.
Com isso, é praticamente impossível criar um sistema coordenado de trânsito. Segundo o presidente da Prodam, Márcio Bellisomi, a partir da necessidade de resolver esse problema, vislumbrou-se a possibilidade de criar uma rede de fibras ampla, que atendesse outros serviços municipais.
"Essa será apenas uma parte da rede, o núcleo dela, porque São Paulo precisa de muito mais capilaridade. Mas com isso teremos o controle de todos os serviços", diz Bellisomi, que já desenvolveu projeto semelhante na prefeitura de São Bernardo do Campo, na grande São Paulo, onde todos os pontos de atendimento público (escolas, postos de saúde, bibliotecas etc.) são atendidos com rede própria da prefeitura.
Segundo Bellisomi, a Prodam está, nesse momento, finalizando um levantamento da estrutura de telecomunicações da cidade, mapeando os dutos e estruturas subterrâneas e dimensionando as necessidades para, em seguida, elaborar o projeto. Não é, portanto, um projeto de curto prazo. "Nesse mês terminamos o levantamento, mas ainda precisamos desenhar o projeto para especificar as necessidades e dimensionar o orçamento". Ele acredita que seja um projeto para o próximo ano.
A prefeitura tem hoje 3,2 mil sites cujo atendimento para serviços de telecomunicações é feito de forma terceirizada. "A proposta é que a nova infraestrutura consiga atender de forma integrada a CET, a SPTrans, a Defesa Civil, a Guarda Municipal, controle de enchentes, os serviços de saúde, educação e outros órgãos públicos que dependem de comunicação de dados e sistemas integrados de controle".
Controle centralizado
Aliás, a Prodam, segundo Bellisomi, também está, nesse momento, unificando os sistemas de controle de diversos serviços. A primeira etapa é unificar os sistemas de gestão de trânsito da CET e da SPTrans. Isso ficará em um único centro de controle. Mas a cidade ainda tem outros cinco centros de controle que serão integrados em um só ao final do projeto. "A rede de fibra e os centros de controle são coisas separadas, mas que no fim, obviamente, vão convergir".
Segundo Bellisomi, a Prodam será a responsável por gerir essa estrutura para cada órgão municipal. "Também não pretendemos deixar de contratar capacidade de outras empresas, porque as necessidades são muito maiores, mas precisamos ter mais controle do núcleo das operações", diz ele.
Economia
Este ano foi concluído o processo de troca dos serviços terceirizados de capacidade de rede para os serviços municipais. A vencedora foi a Embratel, que levou a licitação, iniciada no ano passado.
Segundo o presidente da Prodam, a troca de fornecedor permitiu uma economia brutal, em alguns casos de 90%, e um ganho expressivo na qualidade dos serviços prestados. "A Embratel se dispôs a atender com uma nova plataforma, e isso nos dá muito mais velocidade nos links e melhoria no controle".
Segundo ele, o orçamento dos serviços, que antes custava à Prodam cerca de R$ 60 milhões, caiu para a R$ 6 milhões. Como a licitação (feita por ata de registro de preço) valeu para outros órgãos públicos, a economia também atingiu outras áreas. A área de Saúde da prefeitura de São Paulo, que gastava R$ 28 milhões com telecomunicações, passará a gastar R$ 8 milhões, explica ele.
São Paulo - A Prodam, empresa de tecnologia da informação do município de São Paulo, tem um projeto ambicioso sendo gestado: a ampliação da rede de fibra ótica própria da cidade dos atuais 80 km para cerca de 1.000 km. Trata-se da infraestrutura municipal, obviamente, já que São Paulo tem milhares de km de fibras privadas. Hoje a prefeitura contrata capacidade e serviços de empresas comerciais para a maior parte dos serviços que requerem conectividade.
O projeto de ampliar a rede própria do município nasceu da necessidade de resolver o sistema de gerenciamento dos semáforos da cidade. Hoje, são milhares de equipamentos que estão sendo gerenciados por três sistemas diferentes, que não se conversam nem estão na mesma rede.
Com isso, é praticamente impossível criar um sistema coordenado de trânsito. Segundo o presidente da Prodam, Márcio Bellisomi, a partir da necessidade de resolver esse problema, vislumbrou-se a possibilidade de criar uma rede de fibras ampla, que atendesse outros serviços municipais.
"Essa será apenas uma parte da rede, o núcleo dela, porque São Paulo precisa de muito mais capilaridade. Mas com isso teremos o controle de todos os serviços", diz Bellisomi, que já desenvolveu projeto semelhante na prefeitura de São Bernardo do Campo, na grande São Paulo, onde todos os pontos de atendimento público (escolas, postos de saúde, bibliotecas etc.) são atendidos com rede própria da prefeitura.
Segundo Bellisomi, a Prodam está, nesse momento, finalizando um levantamento da estrutura de telecomunicações da cidade, mapeando os dutos e estruturas subterrâneas e dimensionando as necessidades para, em seguida, elaborar o projeto. Não é, portanto, um projeto de curto prazo. "Nesse mês terminamos o levantamento, mas ainda precisamos desenhar o projeto para especificar as necessidades e dimensionar o orçamento". Ele acredita que seja um projeto para o próximo ano.
A prefeitura tem hoje 3,2 mil sites cujo atendimento para serviços de telecomunicações é feito de forma terceirizada. "A proposta é que a nova infraestrutura consiga atender de forma integrada a CET, a SPTrans, a Defesa Civil, a Guarda Municipal, controle de enchentes, os serviços de saúde, educação e outros órgãos públicos que dependem de comunicação de dados e sistemas integrados de controle".
Controle centralizado
Aliás, a Prodam, segundo Bellisomi, também está, nesse momento, unificando os sistemas de controle de diversos serviços. A primeira etapa é unificar os sistemas de gestão de trânsito da CET e da SPTrans. Isso ficará em um único centro de controle. Mas a cidade ainda tem outros cinco centros de controle que serão integrados em um só ao final do projeto. "A rede de fibra e os centros de controle são coisas separadas, mas que no fim, obviamente, vão convergir".
Segundo Bellisomi, a Prodam será a responsável por gerir essa estrutura para cada órgão municipal. "Também não pretendemos deixar de contratar capacidade de outras empresas, porque as necessidades são muito maiores, mas precisamos ter mais controle do núcleo das operações", diz ele.
Economia
Este ano foi concluído o processo de troca dos serviços terceirizados de capacidade de rede para os serviços municipais. A vencedora foi a Embratel, que levou a licitação, iniciada no ano passado.
Segundo o presidente da Prodam, a troca de fornecedor permitiu uma economia brutal, em alguns casos de 90%, e um ganho expressivo na qualidade dos serviços prestados. "A Embratel se dispôs a atender com uma nova plataforma, e isso nos dá muito mais velocidade nos links e melhoria no controle".
Segundo ele, o orçamento dos serviços, que antes custava à Prodam cerca de R$ 60 milhões, caiu para a R$ 6 milhões. Como a licitação (feita por ata de registro de preço) valeu para outros órgãos públicos, a economia também atingiu outras áreas. A área de Saúde da prefeitura de São Paulo, que gastava R$ 28 milhões com telecomunicações, passará a gastar R$ 8 milhões, explica ele.