Tecnologia

Presidente da Sony se desculpa com acionistas por roubo de dados

Howard Stringer pediu perdão durante a reunião de acionistas realizada nesta terça-feira em Tóquio

Stringer: "Pedimos desculpas por qualquer preocupação ou inconveniente que o incidente pode ter causado aos acionistas e clientes" (Sean Gallup/Getty Images)

Stringer: "Pedimos desculpas por qualquer preocupação ou inconveniente que o incidente pode ter causado aos acionistas e clientes" (Sean Gallup/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 28 de junho de 2011 às 06h12.

Tóquio - O presidente e diretor-executivo da Sony, o americano Howard Stringer, pediu perdão durante a junta de acionistas realizada nesta terça-feira em Tóquio a seus beneficiados e clientes pelo roubo de dados de mais de 100 milhões de usuários sofrido este ano.

Grupos de hackers roubaram desde abril informações pessoais de clientes das redes online da multinacional japonesa, especialmente da PlayStation Network, que tem mais de 75 milhões de contas.

"Pedimos desculpas por qualquer preocupação ou inconveniente que o incidente pode ter causado aos acionistas e clientes", disse Stringer na junta, que contou com a assistência recorde de 8.360 acionistas, informou a agência local "Kyodo".

O presidente da Sony acrescentou que a companhia trabalhou para fortalecer seus sistemas de segurança e fixou como máxima prioridade proteger as informações pessoais dos clientes de seus serviços online, muitos dos quais ficaram suspensos várias semanas após os ataques.

Um acionista exigiu que Stringer renunciasse, dizendo que as recentes quedas da cotação dos títulos, que caíram quase 20% desde o fim de abril, a cerca de 2 mil ienes (17,33 euros), demonstram que a companhia não recuperou a confiança dos clientes.

Stringer respondeu que o preço das ações reflete vários fatores, incluindo os efeitos do terremoto e do tsunami de 11 de março, e que 90% dos usuários retornaram após a reabertura das redes atacadas, o que demonstra que a percepção da marca está melhorando.

Os acionistas também pressionaram a Sony a melhorar a rentabilidade de seu setor de eletrônica, incluindo o deficitário negócio de fabricação de televisores.

O gigante da eletrônica registrou perda líquida de 259,6 bilhões de ienes (US$ 3,213 bilhões) no ano fiscal de 2010, que chegou ao fim em março e que representou seu terceiro ano consecutivo no vermelho.

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