Produzido para o mercado corporativo, o Master N170i complementa a sua boa configuração baseada em um processador Core i7 com recursos de segurança. Ele tem um leitor de impressões digitais, localizados entre os botões do touchpad, e chip de criptografia TPM 1.2. A troca de dados em alta velocidade com HDs externos é garantida por uma porta USB 3.0. Nos testes de bateria foi um dos raríssimos modelos de 14 polegadas a aguentar mais de duas horas desplugado da tomada. 

 Força de computação não falta ao Master, que é equipado com um processador Core i7 2620M. Entre os chips Core i7 de dois núcleos, ele possui o segundo clock mais alto: 2,7 GHz de frequência base, que ser aumentada para até 3,4 GHz caso o um dos núcleos não esteja sendo usado com todo seu potencial. Quanto a recursos extras, o 2620M oferece o cardápio completo da Intel, incluindo instruções de criptografia AES-NI, suporte a virtualização, saída de vídeo sem fio (WiDi) e outros. Excetuando-se tarefas bem específicas, como a produção profissional de vídeos, esse processador excede as necessidades da maioria das pessoas. 

 Como era de se esperar de um computador corporativo para uso geral, o Master não vem com uma placa de vídeo dedicada. Ainda assim, o processamento gráfico desse notebook está longe de ser insignificante. A diferença mais significativa entre os recursos de vídeo dos vários processadores Intel é o clock das ULA. Conforme a necessidade que cada máquina tem de manter a dissipação de energia a um determinado nível, esse clock é aumentado ou reduzido. No caso do Master, a controladora Intel HD Graphics 3000 tem à sua disposição núcleos com a frequência básica de 650 MHz, a mais alta da linha de processadores para computadores móveis. Claro, o desempenho sempre ficará aquém do de uma máquina com placa de vídeo dedicada, mas é o bastante para a maioria das situações. 

 Finalizamos a lista de componentes internos com as especificações de memória: 4 GB de RAM e 500 GB de HD (5400 RPM), ou seja, nada surpreendente para bem ou para mal. Apesar da boa configuração, os resultados do Master nos benchmarks não o destacaram da média. O Master se saiu bem no PCMark 7, que avalia o desempenho geral da máquina, ao pontuar 2.244. Mas o mesmo não se deu executarmos o 3DMark06, um benchmark de performance gráfica: a máquina marcou apenas 3.819 pontos, ligeiramente abaixo da média da categoria. 

 
Benchmark PCMark 7 (em pontos)
Barras maiores indicam melhor desempenho

Benchmark 3DMark06 (em pontos)
Barras maiores indicam melhor desempenho

Observar a lista de conexões do Master não causa sobressaltos em ninguém, mas isso não quer dizer que a Positivo negligenciou alguma porta importante. Além da USB 3.0 que já mencionamos, há duas USB 2.0 convencionais. Gigabit ethernet, leitor de cartão (SD, MMC, MS e MS Pro), Wi-Fi, bluetooth (3.0), HDMI, D-sub e P2 também são responsáveis pela interação do Master com o resto do mundo eletrônico. A única conexão incomum é uma entrada para Express Card de 34 mm, algo que já não faz parte do repertório usual de conexões de um notebook. Há poucas aplicações para uma Express Card hoje em dia, mas é melhor pecar pelo excesso do que pela falta, certo? 

 Compreensivelmente, a Positivo não investiu nos recursos multimídia do Master. A tela tem a resolução padrão de 1366 x 768 e é brilhante o suficiente para, por exemplo, a leitura de documentos. Os ângulos de visão também são um tanto limitados. Trata-se do suficiente para quem está sentado a uma mesa, mas vai incomodar quem tentar usar o notebook deitado ou em alguma outra posição. Enquanto o display é pelo menos mediano, o sistema de áudio só pode ser qualificado como péssimo, mesmo para os padrões de notebook. No volume máximo o Master produz um som de potência insignificante, com o agravante de que os tons graves e agudos soam severamente distorcidos.

 Como comentamos no início desta resenha, o Master se destaca da média quanto à duração da bateria. Nossos testes com o software Battery Eater concluíram que esse notebook suporta 125 minutos de uso intenso. Tal marca é elogiável por si só, mas também merece um aplauso extra porque a configuração do Master sugere um gasto maior de energia. 

 
Duração da bateria em uso intenso
Barras maiores indicam melhor desempenho

Notebooks corporativos são, antes de tudo, ferramentas. Portanto, não de se estranhar que o design do Master seja tão discreto. A parte que conta mesmo da construção física, ou seja, a região do teclado e do trackpad, é bem acabada. Com efeito, o teclado é confortável, resistente e espaçoso, além, é claro, de seguir o padrão ABNT2 ao pé da letra. O touchpad, por outro lado, não oferece muito espaço para os dedos, o que dificulta a execução de gestos multitoque.

Como notebook corporativo, o Master cumpre bem seu papel, embora o tamanho reduzido do touchpad seja um incômodo considerável para quem precisa ficar horas diante da tela. Mas como podemos avaliar esse notebook se usado fora do ambiente das empresas? Se o seu objetivo é simplesmente encontrar um computador para a faculdade ou para algum tipo de trabalho caseiro, o Master vai satisfazer suas necessidades. No entanto, não espere utilizá-lo para assistir a vídeos com qualidade.

Ficha técnica

Tela	14”
Processador	Intel Core i7-2620M 2,7 GHz
RAM	4 GB
SO	Windows 7 Professional
Duração de bateria	2h05min
Armazenamento	HD de 500 GB
GPU	Vídeo onboard
Drive	DVD-RW
Peso	2,2 kg

Avaliação técnica

Prós	Bateria de longa duração; porta USB 3.0; configuração relativamente boa;
Contras	Som de baixa qualidade; desempenho abaixo da média da categoria em benchmarks de performance gráfica;
Conclusão	O Master N170i não é indicado para quem pretende assistir a filmes ou jogar, mas ele está na medida certa para quem só deseja utilizá-lo para o trabalho ou para a faculdade;
Média	7.8
Preço	R$ 1870