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Português pode se tornar segunda língua para turismo

O português poderia ser a segunda língua para os turistas estrangeiros pelo potencial do Brasil no mercado

dicionário (Giovanna Faustini/flickr/Flickr)

dicionário (Giovanna Faustini/flickr/Flickr)

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Da Redação

Publicado em 1 de outubro de 2013 às 06h07.

São Paulo - O português poderia ser a segunda língua para os turistas estrangeiros pelo potencial do Brasil no mercado, afirmaram nesta segunda-feira (30) em São Paulo vários especialistas que participaram da quarta edição do Congresso de Turismo Idiomático, realizado pela primeira vez no Brasil.

A diretora de Torre de Babel Idiomas, Susanna Florissi, opinou que em matéria turística o português "é uma segunda língua" e que os brasileiros têm a "responsabilidade de ensinar um idioma e o orgulho de falar" sobre a cultura e a história do país.

"Precisamos nos mirar de países como a Inglaterra, Espanha, França e Argentina, que reconhecem o poder econômico de sua língua", acrescentou Florissi durante o encontro que se realiza até na quarta-feira na universidade Fundação Armando Álvares Penteado (Faap).

A professora afirmou que o crescimento do Brasil como lugar para estudar português é "gradual" e apontou que cada vez é mais necessário especializar os professores que ensinam a língua nacional como um idioma de "orgulho e herança".

Com este propósito, o congresso ofereceu entre as principais discussões o crescimento do mercado de troca cultural através dos idiomas português e espanhol, potenciais segundas línguas para os estrangeiros, assim como a apresentação de instrumentos que ajudem na didática destes idiomas.

O presidente da Brazilian Educational and Language Travel Association ("Belta"), Carlos Robles, ressaltou o impulso do turismo idiomático no Brasil desde 2005, quando o português foi considerado pelo Ministério do Turismo como um dos promotores do setor no país.

"O congresso é um marco para o Brasil, pois poderemos discutir a união do turismo de idiomas e o ensino de línguas na tentativa de expandir, ainda mais, o português como uma língua além da América Latina. Consideramos o português e o espanhol línguas mundiais", explicou Robles.

Outros programas também fortaleceram a troca entre visitantes brasileiros no exterior e estrangeiros no Brasil, como é o caso do programa Ciências sem Fronteiras, do governo federal, que promove o intercâmbio estudantil.

"As ações dos órgãos públicos e privados devem ajudar a valorar os idiomas português e espanhol como recursos turísticos, econômicos e culturais, para uma afirmação de um espaço latino-americano", afirmou o presidente da Associação de Centros de Idiomas da Argentina, Marcelo García.

Segundo García, "o principal foco do congresso é pensar no desenvolvimento da indústria da língua e a cultura".

A diretora de relações internacional da Faap, Lourdes Zilberberg, reforçou que "o mundo necessita de cidadãos globais" e a troca de idiomas permite a troca de culturas e a manutenção dos aspectos regionais de cada país.

"Estamos vivendo em nossos países uma carência de lideranças, precisamos de nações irmãs para a internacionalização, por isso o turismo idiomático é um segmento de encontro de culturas e as escolas necessitam fortalecer programas desse tipo", reiterou a diretora.

O congresso, que continua até quarta-feira com entrada gratuita, aborda discussões sobre expansão das fronteiras idiomáticas, troca cultural, mobilidade estudantil e fortalecimento das economias através de suas línguas.

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