Porta-vozes na mira: 63% dos líderes de empresa trabalham a própria imagem
Pesquisa ouviu companhias do setor de inovação como Amazon, SoftBank, Samsung, Motorola, iFood e Loft
Repórter
Publicado em 6 de novembro de 2023 às 09h00.
Última atualização em 6 de novembro de 2023 às 10h05.
Otimismo com cautela: este é o mantra para as startups em 2024. Embora os aportes tenham apresentado o melhor agosto dos últimos anos, totalizando R$ 1,5 bilhão, os fundos de Venture Capital devem se mostrar ainda mais exigentes no próximo ano.
Esse cenário está criando um aumento nunca visto para o investimento em reputação corporativa: 98% das empresas de inovação devem aumentar ou manter seus investimentos em estratégias de reputação corporativa, segundo a 1ª Pesquisa Nacional sobre o Impacto de Relações Públicas no Mercado de Inovação.
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“Os últimos períodos de turbulência do mercado mostraram que a falta de credibilidade ou a confiança de que aquela marca vai continuar sendo útil - independentemente do que esteja acontecendo na economia - ligou um alerta aos gestores de comunicação nas marcas de inovação", afirma Silas Colombo, fundador eCCO da Motim, aceleradora brasileira por trás do estudo.
Ao todo, a 1ª Pesquisa Nacional sobre o Impacto de Relações Públicas no Mercado de Inovação ouviu gestores de comunicação das 100 principais empresas de inovação do Brasil, entre elas Amazon, SoftBank, Samsung, Motorola, iFood e Loft.
Porta-vozes na mira
A falta de responsabilidade de alguns fundadores de startups, com crises reputacionais por layoffs ou por falas polêmicas, tem virado o holofote da reputação para os líderes das empresas. Essa tendência também é comprovada pela pesquisa, que revela que 63% dos executivos dessas empresas de inovação investem em relações públicas com o intuito de trabalhar a imagem de suas lideranças.
Além disso, tendo as relações públicas como principal competência para gestão de imagem, o estudo aponta que 84% das startups buscam aumentar a credibilidade de suas marcas, enquanto 48% querem maior credibilidade de suas lideranças.
Por último, um outro dado que chamou atenção no estudo foi o fato de 96% dos entrevistados acreditarem que empresas que possuem estratégias de reputação terem mais chances de sobreviver a períodos de crise.
"Os líderes de bastidores passaram a ser cobrados por uma relação mais transparente com o mercado, que vai além da relação com investidores e equipe, partindo de um entendimento de que são ferramentas essenciais para o processo de aceleração do ganho de confiança das marcas, seja para estimular o consumo como também para atrairprofissionais melhores para ajudar no processo de crescimento das empresas. O LinkedIn, por exemplo, se tornou peça essencial para um processo de construção de comunidade em torno da narrativa contada pelos executivos, sempre conectada com a estratégia macro da marca", afirma Colombo.