grafeno (Reuters)
Da Redação
Publicado em 26 de fevereiro de 2015 às 07h31.
Pesquisadores da universidade de Manchester, na Inglaterra, usaram o grafeno para localizar e neutralizar células-tronco cancerígenas, as estruturas que originam os tumores.
Criado por cientistas da mesma instituição acadêmica, o grafeno é considerado o material mais resistente já produzido, construído a partir da compactação de uma folha de átomos em uma grade de duas dimensões.
Ao testar outras aplicações de uma forma modificada do grafeno, chamada de óxido grafeno, a equipe da universidade de Manchester percebeu que o material pode agir também como um agente anticancerígena. Os resultados do estudo foram publicados na revista científica Oncotarget.
O material, que é atóxico, pode inibir a formação da primeira esfera de tumor que cresce durante o começo do câncer. No experimento, as células-tronco cancerígenas expostas ao grafeno formaram outras células não cancerígenas.
Os pesquisadores planejam que o composto seja usado ao lado de outros tratamentos para reduzir o tamanho de tumores, além de prevenir que ele se espalhe ou volte a crescer após uma quimio ou radioterapia.
A equipe que criou o projeto afirma, porém, que o uso do grafeno no tratamento do câncer ainda deve passar por mais alguns anos de experimentos e estudos antes de ser testado em pacientes.