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Pesquisadores japoneses criam relógios ainda mais precisos do que os atômicos

Os chamados instrumentos 'criogênicos de redes ópticas' não são bonitos, mas presumem uma precisão que não pode ser medida pelos relógios atômicos atuais

relogio (sxc.hu)

relogio (sxc.hu)

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Da Redação

Publicado em 23 de fevereiro de 2015 às 13h46.

Pesquisadores japoneses anunciaram a criação de dois relógios de tal precisão que irão desajustar um segundo a cada 16 bilhões de anos, um tempo superior à própria existência do planeta Terra.

Os chamados instrumentos "criogênicos de redes ópticas" não são bonitos – mais parecem um macrocomputador do que um relógio tradicional –, mas presumem uma precisão que não pode ser medida pelos relógios atômicos atuais, que definem a duração de um segundo.

De acordo com a equipe de pesquisadores dirigida por Hidetoshi Katori, professor na Universidade de Tóquio, estes aparelhos são muito mais precisos que o relógio atômico de césio empregado para definir a duração do segundo, que se desajusta a cada 30 milhões de anos.

Os novos relógios superam, além disso, a precisão do relógio atômico apresentado em agosto de 2013 por pesquisadores americanos, e que perdia um segundo a cada 13,8 bilhões de anos.

O sistema revelado pelos pesquisadores japoneses é tão delicado que deve funcionar em um ambiente extremamente frio, de -180 graus Celsius, para reduzir o impacto de ondas eletromagnéticas e manter o nível de precisão.

Este novo avanço pode ter implicações importantes na localização por satélite (GPS), baseada na diferença de tempo, e na quantificação da temperatura e de forças como a gravidade ou campo magnético.

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