Julian Assange disse em Genebra que espera continuar com a publicação de documentos confidenciais "sobre inúmeros países" (Fabrice Coffrini/AFP)
Da Redação
Publicado em 27 de novembro de 2010 às 16h22.
Washington - A divulgação de documentos confidenciais feita pelo site WikiLeaks, que promete divulgar telegramas diplomáticos americanos, é algo "extremamente perigoso", estimou nesta sexta-feira o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas dos EUA, almirante Michael Mullen.
O site "continua sendo extremamente perigoso", especialmente para a segurança dos soldados americanos, disse Mullen em entrevista à CNN, que será divulgada no próximo domingo.
WikiLeaks, site especializado em revelar documentos confidenciais, promete colocar na Web um número sete vezes superior aos 400 mil relatórios sobre a guerra no Iraque que publicou recentemente.
Segundo o site, são telegramas diplomáticos americanos potencialmente prejudiciais para Washington.
"Penso que os responsáveis (do site) deveriam refletir sobre sua responsabilidade no risco que representam para certas pessoas e renunciar a divulgar estas informações", disse Mullen.
"Acredito que os responsáveis pelo WikiLeaks não entendem que vivemos em um mundo no qual uma simples informação fragmentada pode se somar a outras e desta forma permitir uma compreensão global" de um tema que gere "problemas de segurança", assinalou o almirante.