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Pais ocupados utilizam Uber como opção de transporte escolar

Pais estão começando a usar aplicativos de transporte e compartilhamento de condução para a locomoção dos filhos

Funcionário da Uber testa o aplicativo, com um iPhone 5s, durante uma corrida em Tóquio, no Japão (Junko Kimura-Matsumoto/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 31 de outubro de 2014 às 22h22.

Nova York - O mais velho de três irmãos, Baily Deeter, geralmente era o último que a mãe buscava na escola. Até que apareceu a Uber Technologies.

Quando Baily, 14, começou o nono ano escolar, em agosto, seus pais lhe deram uma conta no aplicativo de reserva de carros com o nome e o cartão de crédito do pai dele.

Agora, ao invés de esperar a mãe, ele usa seu iPhone para pedir um carro Uber que o leve da escola para casa, em Atherton, Califórnia, um trajeto de pouco mais de 11 quilômetros.

“Estou muito feliz por ter uma conta Uber”, disse o adolescente. “Isso demonstra que meus pais confiam em mim e me permite ir rapidamente de um lugar a outro”.

O pai, Byron Deeter, é um investidor de capital de riscos da Bessemer Venture Partners, e disse que se arrepende de não ter investido na Uber.

Como eles, muitos pais em cidades como Los Angeles e Nova York que não têm tempo de levar os filhos para a escola estão começando a usar aplicativos de transporte e compartilhamento de condução para a locomoção dos filhos.

Os pais estão recorrendo aos aplicativos principalmente para levar os filhos a eventos esportivos e festas, disse Brian Solis, analista da Altimeter Group, empresa de San Mateo, Califórnia, que pesquisa o impacto de novas tecnologias.

Os aplicativos possibilitam que os pais monitorem a localização de seus filhos durante o percurso, algo que os táxis e outros meios de transporte ainda não oferecem.

“As contas Uber são uma tendência crescente, principalmente entre os adolescentes do segundo grau, um reflexo da economia de compartilhamento com base na confiança”, disse Solis, que também paga os custos da conta Uber do filho de 17 anos.

Uso mais amplo

Embora os dados sobre essa tendência sejam escassos – a Uber e a Lyft não permitem que menores abram contas, por isso os pais devem organizar os traslados dos filhos, o que dificulta o acompanhamento dos dados demográficos –, entrevistas realizadas com mais de uma dezena de famílias e motoristas indicam que o uso do Uber está se tornando cada vez mais amplo.

O Uber está ajudando a promover o uso nas famílias, abrindo caminho para o crescimento com uma nova geração. Em maio, a empresa lançou em Nova York um serviço chamado UberFamily, que dá aos pais a opção de solicitar um carro com cadeira de criança. Em julho, o serviço chegou também à Filadélfia e a Washington.

Um representante da Uber, empresa que tem sede em São Francisco, opera em mais de 210 cidades do mundo e está avaliada em US$ 17 bilhões, não quis comentar.

“Para a maioria das empresas, atingir os adolescentes – os consumidores do futuro – continua sendo um desafio”, disse Solis. Os jovens passageiros “só vão multiplicar o potencial de crescimento da Uber”.

Carro próprio

Susan Shaheen, uma das diretoras do Centro de Pesquisa de Transporte Sustentável da Universidade da Califórnia, em Berkeley, disse que a proporção atual de jovens que passa a ter carro é menor do que antes, em parte devido à falta de acessibilidade econômica e ao aumento dos aplicativos de transporte.

A geração Y “prefere se manter conectada e considera que dirigir é uma distração”, acrescentou.

“Essa tendência e a indiferença dos jovens em relação a ter um carro próprio são coincidentes e muito positivas para a Uber”, disse Bill Gurley, sócio da empresa de capital de risco Benchmark, que investiu na Uber.

Questão de segurança

Byron Deeter, o pai de Baily, disse que ele e a esposa, Alli, conversaram três meses antes de resolver dar uma conta Uber para o filho.

“Alli não trabalha e eu viajo muito e não posso ajudá-la a buscar as crianças”, disse Deeter. “No início, ela estava nervosa em relação à segurança, mas agora ela relaxou”.

Baily só pode usar o UberX, o serviço mais barato da Uber. O adolescente tem que mandar uma mensagem para a mãe com o nome e o telefone do motorista.

Os pais então monitoram o traslado usando o “FindMyFriends” ou o Life360, dois aplicativos de rastreamento por GPS.

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Nova York - O mais velho de três irmãos, Baily Deeter, geralmente era o último que a mãe buscava na escola. Até que apareceu a Uber Technologies.

Quando Baily, 14, começou o nono ano escolar, em agosto, seus pais lhe deram uma conta no aplicativo de reserva de carros com o nome e o cartão de crédito do pai dele.

Agora, ao invés de esperar a mãe, ele usa seu iPhone para pedir um carro Uber que o leve da escola para casa, em Atherton, Califórnia, um trajeto de pouco mais de 11 quilômetros.

“Estou muito feliz por ter uma conta Uber”, disse o adolescente. “Isso demonstra que meus pais confiam em mim e me permite ir rapidamente de um lugar a outro”.

O pai, Byron Deeter, é um investidor de capital de riscos da Bessemer Venture Partners, e disse que se arrepende de não ter investido na Uber.

Como eles, muitos pais em cidades como Los Angeles e Nova York que não têm tempo de levar os filhos para a escola estão começando a usar aplicativos de transporte e compartilhamento de condução para a locomoção dos filhos.

Os pais estão recorrendo aos aplicativos principalmente para levar os filhos a eventos esportivos e festas, disse Brian Solis, analista da Altimeter Group, empresa de San Mateo, Califórnia, que pesquisa o impacto de novas tecnologias.

Os aplicativos possibilitam que os pais monitorem a localização de seus filhos durante o percurso, algo que os táxis e outros meios de transporte ainda não oferecem.

“As contas Uber são uma tendência crescente, principalmente entre os adolescentes do segundo grau, um reflexo da economia de compartilhamento com base na confiança”, disse Solis, que também paga os custos da conta Uber do filho de 17 anos.

Uso mais amplo

Embora os dados sobre essa tendência sejam escassos – a Uber e a Lyft não permitem que menores abram contas, por isso os pais devem organizar os traslados dos filhos, o que dificulta o acompanhamento dos dados demográficos –, entrevistas realizadas com mais de uma dezena de famílias e motoristas indicam que o uso do Uber está se tornando cada vez mais amplo.

O Uber está ajudando a promover o uso nas famílias, abrindo caminho para o crescimento com uma nova geração. Em maio, a empresa lançou em Nova York um serviço chamado UberFamily, que dá aos pais a opção de solicitar um carro com cadeira de criança. Em julho, o serviço chegou também à Filadélfia e a Washington.

Um representante da Uber, empresa que tem sede em São Francisco, opera em mais de 210 cidades do mundo e está avaliada em US$ 17 bilhões, não quis comentar.

“Para a maioria das empresas, atingir os adolescentes – os consumidores do futuro – continua sendo um desafio”, disse Solis. Os jovens passageiros “só vão multiplicar o potencial de crescimento da Uber”.

Carro próprio

Susan Shaheen, uma das diretoras do Centro de Pesquisa de Transporte Sustentável da Universidade da Califórnia, em Berkeley, disse que a proporção atual de jovens que passa a ter carro é menor do que antes, em parte devido à falta de acessibilidade econômica e ao aumento dos aplicativos de transporte.

A geração Y “prefere se manter conectada e considera que dirigir é uma distração”, acrescentou.

“Essa tendência e a indiferença dos jovens em relação a ter um carro próprio são coincidentes e muito positivas para a Uber”, disse Bill Gurley, sócio da empresa de capital de risco Benchmark, que investiu na Uber.

Questão de segurança

Byron Deeter, o pai de Baily, disse que ele e a esposa, Alli, conversaram três meses antes de resolver dar uma conta Uber para o filho.

“Alli não trabalha e eu viajo muito e não posso ajudá-la a buscar as crianças”, disse Deeter. “No início, ela estava nervosa em relação à segurança, mas agora ela relaxou”.

Baily só pode usar o UberX, o serviço mais barato da Uber. O adolescente tem que mandar uma mensagem para a mãe com o nome e o telefone do motorista.

Os pais então monitoram o traslado usando o “FindMyFriends” ou o Life360, dois aplicativos de rastreamento por GPS.

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