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Página brinca com comportamentos no Facebook e chega a 1 mi

"Este é alguém", uma página criada por um estudante do Pará, aborda de forma divertida os mais típicos usuários brasileiros na rede social

Victor Nogueira: a postagem que teve o melhor rendimento foi a da “Rebeca” que estava com dor de cabeça, mas não postou isso no Facebook e preferiu ir à farmácia (Reprodução/Info)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de novembro de 2013 às 13h50.

Criar uma página no Facebook é muito simples e rápido. O problema é conseguir alcançar uma grande quantidade de seguidores e mantê-la ativa. Mas um jovem estudante de Belém (PA) não só conseguiu levar sua página a diante como alcançou um número respeitável de seguidores em menos de dois meses: mais de 1 milhão de pessoas curtem sua página “Este é alguém” na rede social.

Victor Nogueira, de 18 anos, é o criador por trás da página que aborda de forma divertida e em tirinhas os comportamentos mais típicos dos usuários brasileiros na rede social. INFO conversou com ele sobre como a ideia surgiu e o que pretende fazer para manter o sucesso da página.

Como surgiu a ideia? Teve ajuda de alguém ou bolou tudo sozinho?
A página “Este é alguém” foi criada no dia 19 de setembro. Eu já criava conteúdo para internet em outras páginas, mas queria lançar algo novo. A ideia inicial era criar algo que falasse do comportamento das pessoas na internet e no cotidiano, então resolvi fazer isso em tirinhas. Como eu iria falar de comportamentos comuns, resolvi usar personagens com nomes próprios também comuns para reforçar ainda mais a ideia. E esse foi o grande diferencial da “Este é alguém”, piadas sobre hábitos comuns e com o nome de pessoas que você conhece. Isso fez o pessoal se identificar com as brincadeiras e compartilhar com os amigos.

Se lembra qual foi a primeira postagem que fez? Como foi a receptividade?
Fiz a primeira postagem na noite em que o Metallica tocou no Rock In Rio. Estavam todos falando sobre o assunto e eu tive uma ideia que achei que poderia dar certo. A postagem falava do Gabriel, que ganhou a camisa de uma banda e, só por isso, já se considerava fã número um e ficava criando confusões no Facebook para defender a banda sem ao menos conhecê-la de verdade. O pessoal curtiu muito porque pessoas como o “Gabriel” estavam em alta no Facebook naquela noite.

Qual montagem fez mais sucesso até hoje na página? Ainda está no ar ou o Facebook também apagou?
A postagem que teve o melhor rendimento foi a da “Rebeca” que estava com dor de cabeça, mas não postou isso no Facebook e preferiu ir à farmácia, mas existem outras tirinhas com números parecidos. Ela está com mais de 60 mil likes e 44 mil compartilhamentos, e ainda está de pé no Facebook...


Aliás, como vem sendo esse processo com o Facebook? Quantas montagens já foram excluídas? A rede social chegou a te dar alguma explicação?
Cerca de 11 tirinhas já foram removidas, e em alguns casos recebi uma mensagem informando que a postagem violava os padrões da comunidade. Já tentei entrar em contato com o Facebook e pedir uma explicação mais completa, mas até agora não tive resposta alguma.

Por isso você acabou criando um blog com os “proibidões”...
O blog foi a saída que encontrei para postar de forma livre as tirinhas que fossem removidas e também para criar conteúdo que não é muito comum para o Facebook, como vídeos e textos grandes. A visibilidade do blog tem sido muito boa, mas o foco principal é realmente a fanpage no Facebook.

Por que acha que tanta gente se incomoda com suas montagens?
Acredito que o uso de nomes comuns é o que mais incomoda, algumas pessoas não entendem que tudo não passa de brincadeira e acabam se ofendendo pelo simples fato de terem o mesmo nome do personagem em questão.

Imagina se isso acontecesse em outros lugares, como filmes e séries, você se incomodar porque um vilão tem o mesmo nome que o seu e pedir para que o filme seja retirado dor ar.

Costuma receber muitas sugestões por dia? Como seleciona as melhores?
São centenas de sugestões por dia, não tenho tempo de ler nem metade delas, a maioria das pessoas mandam sugestões de nomes ou temas para as tirinhas, vejo o que está sendo mais pedido e crio algo sobre o assunto, outras pessoas já mandam tirinhas prontas e, nesses casos, o nome do autor fica na descrição da postagem.


E reclamações, recebe muitas? Costuma respondê-las?
Quando uma pessoa denuncia uma foto o Facebook gera uma frase do tipo "algo nessa foto me incomoda. Você poderia removê-la? Obrigado” e é enviada para a caixa de entrada da página. Eu costumo responder que a pessoa não está na foto nem me referi a ela na imagem, portanto acho que não deveria ser excluída, e geralmente a pessoa não responde mais nada.

Muitas cópias da página já surgiram no Facebook. As pessoas costumam pedir autorização ou a internet não é dessas coisas? (rs..)
Depois que criei a “Este é alguém”, várias outras versões surgiram sobre determinado assunto ou região. Alguns me procuraram para pedir autorização e eu aceitei numa boa, mas também existem outras páginas, perfis no twitter, instagram...que copiam todo conteúdo da “Este é alguém” sem dar os devidos créditos, isso me incomoda, mas eu tento não me preocupar muito com isso.

Pretende monetizar a página ou não se preocupa com isso?
Eu sempre gostei de trabalhar com comunicação na internet, desde meus 13 anos eu já criava conteúdo em blogs e comunidades. Me formei recentemente no curso técnico em marketing, pretendo seguir na área e fazer um curso superior de comunicação social, também tenho pretensões de trabalhar na internet. Mas meu objetivo principal é a diversão e o estudo do comportamento e de como se comunicar melhor com o público, acredito que toda essa experiência contará para o meu currículo se eu for seguir nesta área de comunicação e marketing.

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Criar uma página no Facebook é muito simples e rápido. O problema é conseguir alcançar uma grande quantidade de seguidores e mantê-la ativa. Mas um jovem estudante de Belém (PA) não só conseguiu levar sua página a diante como alcançou um número respeitável de seguidores em menos de dois meses: mais de 1 milhão de pessoas curtem sua página “Este é alguém” na rede social.

Victor Nogueira, de 18 anos, é o criador por trás da página que aborda de forma divertida e em tirinhas os comportamentos mais típicos dos usuários brasileiros na rede social. INFO conversou com ele sobre como a ideia surgiu e o que pretende fazer para manter o sucesso da página.

Como surgiu a ideia? Teve ajuda de alguém ou bolou tudo sozinho?
A página “Este é alguém” foi criada no dia 19 de setembro. Eu já criava conteúdo para internet em outras páginas, mas queria lançar algo novo. A ideia inicial era criar algo que falasse do comportamento das pessoas na internet e no cotidiano, então resolvi fazer isso em tirinhas. Como eu iria falar de comportamentos comuns, resolvi usar personagens com nomes próprios também comuns para reforçar ainda mais a ideia. E esse foi o grande diferencial da “Este é alguém”, piadas sobre hábitos comuns e com o nome de pessoas que você conhece. Isso fez o pessoal se identificar com as brincadeiras e compartilhar com os amigos.

Se lembra qual foi a primeira postagem que fez? Como foi a receptividade?
Fiz a primeira postagem na noite em que o Metallica tocou no Rock In Rio. Estavam todos falando sobre o assunto e eu tive uma ideia que achei que poderia dar certo. A postagem falava do Gabriel, que ganhou a camisa de uma banda e, só por isso, já se considerava fã número um e ficava criando confusões no Facebook para defender a banda sem ao menos conhecê-la de verdade. O pessoal curtiu muito porque pessoas como o “Gabriel” estavam em alta no Facebook naquela noite.

Qual montagem fez mais sucesso até hoje na página? Ainda está no ar ou o Facebook também apagou?
A postagem que teve o melhor rendimento foi a da “Rebeca” que estava com dor de cabeça, mas não postou isso no Facebook e preferiu ir à farmácia, mas existem outras tirinhas com números parecidos. Ela está com mais de 60 mil likes e 44 mil compartilhamentos, e ainda está de pé no Facebook...


Aliás, como vem sendo esse processo com o Facebook? Quantas montagens já foram excluídas? A rede social chegou a te dar alguma explicação?
Cerca de 11 tirinhas já foram removidas, e em alguns casos recebi uma mensagem informando que a postagem violava os padrões da comunidade. Já tentei entrar em contato com o Facebook e pedir uma explicação mais completa, mas até agora não tive resposta alguma.

Por isso você acabou criando um blog com os “proibidões”...
O blog foi a saída que encontrei para postar de forma livre as tirinhas que fossem removidas e também para criar conteúdo que não é muito comum para o Facebook, como vídeos e textos grandes. A visibilidade do blog tem sido muito boa, mas o foco principal é realmente a fanpage no Facebook.

Por que acha que tanta gente se incomoda com suas montagens?
Acredito que o uso de nomes comuns é o que mais incomoda, algumas pessoas não entendem que tudo não passa de brincadeira e acabam se ofendendo pelo simples fato de terem o mesmo nome do personagem em questão.

Imagina se isso acontecesse em outros lugares, como filmes e séries, você se incomodar porque um vilão tem o mesmo nome que o seu e pedir para que o filme seja retirado dor ar.

Costuma receber muitas sugestões por dia? Como seleciona as melhores?
São centenas de sugestões por dia, não tenho tempo de ler nem metade delas, a maioria das pessoas mandam sugestões de nomes ou temas para as tirinhas, vejo o que está sendo mais pedido e crio algo sobre o assunto, outras pessoas já mandam tirinhas prontas e, nesses casos, o nome do autor fica na descrição da postagem.


E reclamações, recebe muitas? Costuma respondê-las?
Quando uma pessoa denuncia uma foto o Facebook gera uma frase do tipo "algo nessa foto me incomoda. Você poderia removê-la? Obrigado” e é enviada para a caixa de entrada da página. Eu costumo responder que a pessoa não está na foto nem me referi a ela na imagem, portanto acho que não deveria ser excluída, e geralmente a pessoa não responde mais nada.

Muitas cópias da página já surgiram no Facebook. As pessoas costumam pedir autorização ou a internet não é dessas coisas? (rs..)
Depois que criei a “Este é alguém”, várias outras versões surgiram sobre determinado assunto ou região. Alguns me procuraram para pedir autorização e eu aceitei numa boa, mas também existem outras páginas, perfis no twitter, instagram...que copiam todo conteúdo da “Este é alguém” sem dar os devidos créditos, isso me incomoda, mas eu tento não me preocupar muito com isso.

Pretende monetizar a página ou não se preocupa com isso?
Eu sempre gostei de trabalhar com comunicação na internet, desde meus 13 anos eu já criava conteúdo em blogs e comunidades. Me formei recentemente no curso técnico em marketing, pretendo seguir na área e fazer um curso superior de comunicação social, também tenho pretensões de trabalhar na internet. Mas meu objetivo principal é a diversão e o estudo do comportamento e de como se comunicar melhor com o público, acredito que toda essa experiência contará para o meu currículo se eu for seguir nesta área de comunicação e marketing.

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