Paciente vira cleptomaníaca após anestesia mal aplicada
Dano neurológico após procedimento cirúrgico causou uma irresistível compulsão por roubar
Da Redação
Publicado em 29 de fevereiro de 2016 às 12h04.
São Paulo - Os médicos sabiam que algo estava errado quando sua paciente de 40 anos - cujo nome não foi revelado - acordou do procedimento múltiplo de lipoaspiração, implante de silicone e outras reformas gerais. Sentia-se confusa e letárgica e tinha problemas de memória.
Fizeram então dois tipos de tomografia, que revelaram danos na região do núcleo caudado, relacionados à memória e aprendizado. Esse é um risco da anestesia: o acidente foi causado por má oxigenação durante o procedimento.
Após sua aparente recuperação, ela foi mandada para casa. E, então, uma coisa bizarra aconteceu: ela passou a ter pensamentos recorrentes e compulsivos de roubar coisas. Que só se acalmavam quando ela cedia, estendia suas mãos leves e saía com os pertences alheios.
Um dia, ela estava comprando um presente para o amigo de sua filha numa loja e sentiu a vontade irresistível de pegar um item da prateleira - que ela tinha mais que o suficiente para pagar - e enfiar na sua bolsa.
Um segurança viu e ela foi mandada para a delegacia. Acabou liberada quando se provou que o roubo era causado por dano neurológico, não na moral e bons costumes.
Os estranho caso foi publicado no journal BGM Case Reports, onde médicos compartilham suas histórias mais peculiares.
O estudo foi comandado pelo brasileiro Fábio A. Nascimento, da Universidade de Toronto ( Canadá ), que caiu de estar no Brasil no mesmo dia, acompanhando as tomografias.
A cirurgia foi em 2013. O dano não era permanente e a mulher se recuperou, não roubando mais nada e curtindo seu novo visual.
São Paulo - Os médicos sabiam que algo estava errado quando sua paciente de 40 anos - cujo nome não foi revelado - acordou do procedimento múltiplo de lipoaspiração, implante de silicone e outras reformas gerais. Sentia-se confusa e letárgica e tinha problemas de memória.
Fizeram então dois tipos de tomografia, que revelaram danos na região do núcleo caudado, relacionados à memória e aprendizado. Esse é um risco da anestesia: o acidente foi causado por má oxigenação durante o procedimento.
Após sua aparente recuperação, ela foi mandada para casa. E, então, uma coisa bizarra aconteceu: ela passou a ter pensamentos recorrentes e compulsivos de roubar coisas. Que só se acalmavam quando ela cedia, estendia suas mãos leves e saía com os pertences alheios.
Um dia, ela estava comprando um presente para o amigo de sua filha numa loja e sentiu a vontade irresistível de pegar um item da prateleira - que ela tinha mais que o suficiente para pagar - e enfiar na sua bolsa.
Um segurança viu e ela foi mandada para a delegacia. Acabou liberada quando se provou que o roubo era causado por dano neurológico, não na moral e bons costumes.
Os estranho caso foi publicado no journal BGM Case Reports, onde médicos compartilham suas histórias mais peculiares.
O estudo foi comandado pelo brasileiro Fábio A. Nascimento, da Universidade de Toronto ( Canadá ), que caiu de estar no Brasil no mesmo dia, acompanhando as tomografias.
A cirurgia foi em 2013. O dano não era permanente e a mulher se recuperou, não roubando mais nada e curtindo seu novo visual.