Exame Logo

Os prós e contras do serviço da Uber no Brasil

Conheça as vantagens e problemas do serviço de motoristas particulares da companhia americana

Uber (Divulgação)

Lucas Agrela

Publicado em 10 de junho de 2015 às 19h48.

Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h42.

Andar nos carros da Uber em São Paulo, Rio, Belo Horizonte e Brasília é uma realidade, por mais que os taxistas e as prefeituras sejam contra a atuação da empresa. O serviço disponível no Brasil é o UberBlack, que se diferencia dos taxistas por uma série de razões e oferece algumas comodidades para o passageiro.No mundo, os motoristas da Uber realizam mais de 1 milhão de viagens por dia em 300 cidades de 58 países diferentes. Os dados são referentes ao primeiro semestre de 2015.Confira a seguir os prós e contras do serviço prestado na capital paulista.
  • 2. Carros de alto padrão

    2 /11(Divulgação)

  • Veja também

    Para ser motorista da Uber, os veículos precisam ser sedãs, normalmente pretos, com no máximo três anos, além de ter ar condicionado (sempre ligado) e bancos de couro. Os carros mais usuais são Toyota Corolla, Ford Fusion, Volkswagen Jetta, entre outros. Os automóveis contam com água e balas ou bom-bons que são oferecidos gratuitamente aos passageiros pelo condutor."Chegamos ao ponto onde o cliente nos chamou, descemos e abrimos a porta. Essas pessoas querem ser atendidas de forma melhor e os clientes da Uber estão felizes com o serviço", afirmou a INFO um motorista que preferiu não ter o nome revelado.A redação já viajou com carros da Uber diversas vezes e a experiência foi oferecida conforme o informado.
  • 3. Pagamento Automático

    3 /11(USP Imagens)

  • O pagamento da corrida não envolve dinheiro vivo ou uso de máquina de cartão. O usuário cadastra o número do cartão de crédito e o valor do transporte é cobrado no final da viagem sem que seja necessário fazer qualquer procedimento. "Todo o pagamento é feito por meio do cartão de crédito, por isso não é necessário dinheiro e nem deixar gorjetas", segundo a Uber Brasil."É mais prático para mim e para o cliente, é tudo automático, tudo moderno", declarou um dos condutores parcerios da empresa. "A gente ajuda a desafogar o trânsito."Ao chegar ao seu destino, o usuário pode escolher avaliar ou não o motorista para gerar dados para outros clientes.
  • 4. Preço

    4 /11(Reprodução)

    Em São Paulo viajar de Uber custa, no mínimo, R$ 10. A tarifa base é de 5 reais e são cobrados R$ 0,40 por minuto rodado e R$ 2,42 por quilômetro percorrido. Os valores mudam nas outras cidades, o valor mínimo continua o mesmo. No Rio, a tarifa base é de R$ 5, o minuto custa R$ 0,30 e o quilômetro sai por R$ 2,20. Em Belo Horizonte os valores passam para, respectivamente, R$ 4,50, R$ 0,30 e 2,17, enquanto que em Brasília eles são de R$ 4,00, R$ 0,25 e R$ 1,75.
  • 5. Reajuste do valor da corridas

    5 /11(Reprodução)

    Os motoristas da Uber são orientados a utilizar o aplicativo gratuito Waze, que conduz o usuário por meio de rotas com trânsito livre e oferecem horário previsto de chegada.
  • 6. Achados e perdidos

    6 /11(Agência Brasil)

    No site da Uber, há um recurso para informar a empresa que você perdeu algo em um dos carros dos motoristas parceiros. A companhia contata o condutor que atendeu o usuário em questão e pede que o item esquecido seja levado ao cliente.
  • 7. Pode demorar

    7 /11(Reprodução)

    Há menos motoristas da Uber do que táxis em cidades como São Paulo e Rio. Por isso, o tempo de chegada do veículo pode ser maior, dependendo do horário e da região. Aliás, caso você cancele a chamada do carro depois de um período de 10 minutos, a Uber te cobrará 10 reais, mesmo que você não tenha feito corrida alguma. Outra desvantagem no quesito tempo é que os táxis podem transitar em faixas de ônibus em determinados horários.
  • 8. Segurança

    8 /11(USP Imagens)

    Antes de aprovar um motorista, é feita uma checagem de antecedentes nas esferas federal e estadual para verificar a idoneidade do aplicante. Além disso, o profissional precisa possuir carteira de motorista com licença para exercer atividade remunerada (EAR) e é exigido ainda que o veículo tenha seguro que cubra o passageiro e o motorista.
  • 9. "God View"

    9 /11(Divulgação)

    Segundo uma reportagem do Buzzfeed, monitorar os usuários do aplicativo é uma prática comum dentro da Uber. A jornalista do site estava a caminho do escritório da empresa e, ao chegar, foi recebida pelo executivo Josh Mohrer que a recebeu dizendo: "Aí está você. Eu estava seguindo você", enquanto mostrava a ela um iPhone em sua mão.Dois ex-funcionários da Uber disseram que esse rastreamento é comum e tem até nome: "God View", ou Visão de Deus, em tradução livre.Entretanto, a empresa garante que os motoristas não sabem a localização do usuário até aceitar a viagem. Só então é possível saber quem é o passageiro e sua localização.
  • 10. Motoristas

    10 /11(Divulgação)

    A companhia não emprega nenhum motorista e não é dona de nenhum carro. A Uber reforça que os motoristas parceiros não são taxistas, mas, sim, condutores particulares com veículos de luxo. É esse ponto que causa problemas legais com as prefeituras, o que nos leva ao próximo item.
  • 11. Legalidade do serviço

    11 /11(Divulgação/Divulgação)

    A Uber alega que "não é ilegal". Ela diz oferecer "uma plataforma tecnológica para que motoristas parceiros aumentem seus rendimentos e para que usuários encontrem motoristas confiáveis e desfrutem de viagens seguras". A Prefeitura de São Paulo já tentou tirar a Uber do ar por conta da Lei 12.468/2011, cujo 2º artigo é o seguinte: "É atividade privativa dos profissionais taxistas a utilização de veículo automotor, próprio ou de terceiros, para o transporte público individual remunerado de passageiros, cuja capacidade será de, no máximo, 7 (sete) passageiros" . Gisele Arantes, especialista em direito digital e sócia do Assis e Mendes, corrobora com a posição da Prefeitura dizendo que o aplicativo é ilegal e fere a lei da mobilidade urbana. Alguns carros prestando serviço à empresa chegaram a ser apreendidos por realizar transportes de passageiros sem a autorização necessária. A Uber, por outro lado, alega que a legislação local é desatualizada. A empresa também enfrenta processos de taxistas, que se dizem prejudicados por conta da ausência de um preço diferenciado para o atendimento noturo de passageiros. De acordo com dados da Associação dos Taxistas, desde a chegada da Uber ao Brasil, em meados de 2014, houve uma queda de 30% no atedimento a corridas noturnas. "Os motoristas que trabalham à noite já sentem o impacto do Uber em suas corridas, já que muitos passageiros têm utilizado o app para ir e voltar das baladas", afirma Eder Wilson de Sousa da Luz, diretor da associação. Ainda segundo esse levantamento, os taxistas paulistanos perdem por dia 1 000 corridas, em média. A Uber também enfrenta uma investigação do Ministério Público de Federal quanto a uma suposta concorrência desleal com os taxistas. Ou seja, nos próximos meses, muitas coisas podem mudar para os clientes e motoristas da Uber. Contudo, por ora, o serviço funciona como mais uma opção de transporte urbano em quatro cidades brasileiras.
  • Acompanhe tudo sobre:AndroidAppleAutoindústriaCarrosEmpresasEmpresas americanasempresas-de-tecnologiaGoogleINFOiOSSoftwareTecnologia da informaçãoUberVeículos

    Mais lidas

    exame no whatsapp

    Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

    Inscreva-se

    Mais de Tecnologia

    Mais na Exame