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Microsoft quer treinar 5,5 milhões de brasileiros com cursos de tecnologia

Pacote de iniciativas foi criado em parceria com o governo brasileiro e pretende capacitar até 25 milhões de brasileiros na área de tecnologia

Microsoft: empresa anunciou planos para retomada econômica brasileira nesta terça (Mike Blake/Reuters)

Tamires Vitorio

Publicado em 20 de outubro de 2020 às 10h16.

Última atualização em 23 de outubro de 2020 às 14h10.

A Microsoft anunciou nesta terça-feira, 20, uma série de iniciativas chamadas de " Microsoft Mais Brasil ", realizadas em parceria com o governo, com o objetivo de ampliar o uso da tecnologia no Brasil e auxiliar o país a "fazer a retomada econômica" de forma sustentável e totalmente ligada ao digital.

Entre elas, está a doação de todos os serviços em nuvem da empresa para a região Sul e Sudeste e também um trabalho em conjunto com ações governamentais para treinar cerca de 5,5 milhões de pessoas. As iniciativas foram feitas parceria com os ministérios da Economia e o da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

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Segundo a Microsoft, o Brasil forma, por ano, 44 mil profissionais de T.I, enquanto o mercado tem uma demanda de cerca de 70 mil profissionais.

O Microsoft Mais terá três pilares como base: habilitação da economia digital, educação e impacto sustentável. Para resolver a primeira questão, a empresa afirmou que um novo data center será inaugurado no Rio de Janeiro.

Até o momento, a Microsoft tinha apenas um centro para a tecnologia de nuvem Azure no Brasil, em São Paulo, criado há seis anos. "Esses novos estabelecimentos vão gerar centenas de empregos e permitir que as empresas usufruam dos nossos serviços. Tornou-se necessário um novo espaço para entregarmos uma tecnologia mais rápida, que consiga fazer a transferência de dados de forma eficaz", afirma Tânia Consentino, presidente da Microsoft no Brasil, em evento online qual EXAME participou. "Temos 25 mil parceiros no Brasil e, no momento que você amplia a infraestrutura, você aumenta os serviços e isso melhora toda a cadeia produtiva", diz.

No pilar de educação, o foco é auxiliar a pasta da Economia na missão de ajudar a capacitar 25 milhões de brasileiros a fim de diminuir a taxa de desempregados no país, que, no segundo trimestre do ano, teve uma taxa de 11,8% de desocupação.

Também foram feitas parcerias com as instituições de ensino SESI e SENAI. "Queremos atrair jovens para a área de exatas, mas também queremos qualificar a mão de obra já existente, o que aumenta a nossa capacidade de mão de obra global e aumenta a produtividade das empresas. Temos todo um movimento econômico positivo para o país. Hoje estamos para trás no ranking de competitividade na área de Tecnologia da Informação", afirma Consentino. Segundo a Microsoft, o Brasil forma, por ano, 44 mil profissionais de T.I, enquanto o mercado tem uma demanda de cerca de 70 mil profissionais.

Já o terceiro pilar, cujo objetivo é usar a tecnologia para ajudar a sustentabilidade brasileira, terá como base um serviço de Inteligência Artificial (IA) que conseguirá prever queimadas e desmatamento na floresta amazônica, em colaboração com mineradora Vale e o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). "Com o auxílio dessa tecnologia, o Imazon poderá identificar áreas críticas para auxiliar os órgãos governamentais a proteger contra o desmatamento e conservar a floresta", afirmou a companhia em comunicado enviado por e-mail.

Segundo Carlos da Costa, secretário Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, a Microsoft foi escolhida para a parceria pelo governo por quatro motivos. "Encontramos na Microsoft diversos pontos competitivos em relação a outras empresas. O primeiro é que tudo será gratuito, o que o Brasil precisa em um momento de crise como o que estamos vivendo. Em segundo lugar, queríamos algo durável. Em terceiro, queríamos ter um volume suficiente. E quarto, precisávamos adaptar toda a tecnologia para as particularidades brasileiras --- e de uma plataforma flexível", explica Costa.

Para além da parceria com o Brasil, a Microsoft também anunciou no evento desta terça que irá lançar ainda hoje um "aplicativo que vai melhorar a experiência de pessoas com baixa visão ou cegas".

Todas as novidades devem ser implementadas até 2021.

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