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Os aplicativos contra a parede

A quarta-feira deve ser de intensa movimentação para as empresas de aplicativos de transporte em Brasília. O objetivo é conscientizar os partidos políticos para reverterem no Senado um projeto de lei que foi aprovado ontem na Câmara e que, na prática, pode inviabilizar o serviço de transporte em carros particulares. O serviço, como se sabe, […]

UBER: projeto de lei pode inviabilizar os aplicativos de transporte de passageiros no Brasil  / Quique Garcia / Getty Images

UBER: projeto de lei pode inviabilizar os aplicativos de transporte de passageiros no Brasil / Quique Garcia / Getty Images

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Da Redação

Publicado em 5 de abril de 2017 às 06h58.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h45.

A quarta-feira deve ser de intensa movimentação para as empresas de aplicativos de transporte em Brasília. O objetivo é conscientizar os partidos políticos para reverterem no Senado um projeto de lei que foi aprovado ontem na Câmara e que, na prática, pode inviabilizar o serviço de transporte em carros particulares.

O serviço, como se sabe, é prestado por empresas como Uber, 99, Easy e Cabify. Apenas o Uber, pioneiro desse mercado no Brasil, atende mensalmente mais de 13 milhões de pessoas em quase 50 cidades. O projeto aprovado ontem tem uma emenda do deputado Carlos Zarattini (PT-SP) que altera a classificação do serviço de atividade privada para de natureza pública. Isso significa que as prefeituras poderão cobrar pelas licenças, como se fossem para táxis (com a diferença de que os motoristas particulares não possuem benefícios concedidos aos taxistas, como isenção de impostos). Os carros usariam placas vermelhas, como os táxis. Mesmo nas cidades onde o serviço já havia sido autorizado, como São Paulo, será necessária uma nova permissão.

O Uber chamou o projeto de “retrógrado”. Durante o dia de ontem o Uber instalou 3.000 cavaletes no gramado em frente ao Congresso como protesto. A 99, que oferece serviços de táxis e de carros particulares, foi mais contida e afirmou ser o momento de “aprofundar as discussões”. Durante o dia, a empresa usou a hashtag #direitodeirevir nas redes sociais.

O fato é que o projeto de lei pega as companhias em momentos decisivos. O Uber anunciou investimentos de 200 milhões de reais para melhorar seus serviços no Brasil, após crescentes críticas de passageiros; a 99 recebeu investimento avaliado em 100 milhões de dólares da chinesa Didi Chuxing; o Cabify anunciou investimentos de 200 milhões de dólares no Brasil. Para essas empresas, mudar o projeto no Senado é decisivo para seu futuro.

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